"A identidade alicerça-se em capacidades e em valores, no que somos capazes de compreender do mundo e no significado que damos às nossas vidas". (Sônia R.R.Rodrigues)

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Homenagem a Inezita Barroso

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  1. "INEZITA BARROSO, a criadora de "Lampião de Gás", chama-se Inês Madalena Aranha de Lima. A família do pai sempre foi muito musical. Ninguém era profissional, mas todos tinham paixão pela música e tocavam instrumentos musicais. Havia uma avó que cantava e Inezita acha que herdou seu dom dela. O avô era professor de Grego e Latim. Inezita nasceu no bairro da Barra Funda, em 04 de março de 1925, era um domingo de carnaval. Inezita era moleca, gostava de brincar com os meninos. Estudou sempre no Caetano de Campos, no centro da capital paulista. Desde cedo gostava de declamar, de cantar e de tocar violão, mas apaixonou-se por viola. Cantava em quermesses, igrejas, festas de aniversário, sem nunca pensar que viria a ser uma profissional. Mas aí se casou com um Cearense, Adolfo Cabral Barroso e começou a viajar por todo o Nordeste brasileiro. Começou a cantar em rádio. Chegando a São Paulo, foi cantar na Rádio Nacional. Em 1954 foi para a TV Record, que estava sendo inaugurada. Sempre com programa próprio. Fez filmes na Vera Cruz. Lançou o programa "Vamos falar de Brasil", e foi, aos poucos, tornando-se uma cantora essencialmente brasileira. Ganhou na sua vida artística todos os prêmios possíveis. Ganhou sete “Roquetes Pinto", maior troféu da época. Ganhou o "Saci", do cinema. Ganhou o Prêmio Sharp, sempre como melhor cantora. Estudou folclore "in loco", indo por todo o interior brasileiro buscando as raízes, as danças, os sons, as músicas. Teve uma filha, e hoje tem três netas já grandes. Mas, na verdade, sempre foi solitária, pois seu grande prazer é viajar. Cantar e ensinar folclore. Inezita gravou 78 discos, entre 78 Rotações, LPs e CDs. Uma música de grande sucesso foi "Marvada Pinga". Começou na TV Cultura um horário seu, sempre divulgando violeiros, cantores, sertanejos, desde 1968. Participou do "Viola, minha viola", junto com Moraes Sarmento. Depois ficou sozinha no programa, mas não o deixou cair. Por seu programa já passaram todos os cantores "caipiras", palavra que ela ama e enaltece. Para ela, que em verdade nasceu na capital paulistana, São Paulo é pouco ligado às suas raízes. Nisso difere de Minas, do Rio Grande do Sul e do Nordeste. Inezita Barroso tornou-se então um baluarte, nessa luta contínua. Hoje é professora de Folclore em várias faculdades, mas canta sempre, pois sua voz e sua musicalidade são inconfundíveis. Recebeu o título de "Cidadã Paulista", e vários outros galardões. Foram enredo de samba várias vezes. E tudo isso ela ama. Só o que não gosta é da música que é cópia da música americana, só não gosta do que não é autêntico. Batalhadora, guerreira, essa é Inezita Barroso, com sua voz sem igual".
    Fonte:www.biografias.netsaber.com.br).

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