tag:blogger.com,1999:blog-42461957413283254032024-02-18T20:28:56.548-08:00CPB - Cultura Popular BrasileiraO jeito de ser do nosso povo. ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.comBlogger639125tag:blogger.com,1999:blog-4246195741328325403.post-31216473378266610202023-05-03T05:16:00.005-07:002023-12-29T11:10:47.911-08:00'Bora Tomar Uma', com Leonardo, Bruno e Marrone - Cabaré<div style="text-align: center;"><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/iPF7GhDLgrE?si=AtsfViB6NIMOh3Vp" title="YouTube video player" width="560"></iframe></div>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4246195741328325403.post-50952566706494472372022-11-10T05:57:00.004-08:002022-11-10T06:00:46.519-08:00Morre o ator e apresentador Rolando Boldrin<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSnSupINUHe--Z7qhZscZ3YKSSQzIL_pKx7mRx2PLRPuW0IduIssPXvp5FvxwfLazava4WW6TXNmwFe0I3tIwL8e1iQpBQ7fJPaFVXzjAuVNezxBl_y9g1GU7oF4UCE3pXz2SSHgX-_WA0yU5qRWm8JmgznCVQv3K3l3w2BIrlLgdJ8AtZJZDtlL_W/s984/rolando-boldrin.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="660" data-original-width="984" height="269" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSnSupINUHe--Z7qhZscZ3YKSSQzIL_pKx7mRx2PLRPuW0IduIssPXvp5FvxwfLazava4WW6TXNmwFe0I3tIwL8e1iQpBQ7fJPaFVXzjAuVNezxBl_y9g1GU7oF4UCE3pXz2SSHgX-_WA0yU5qRWm8JmgznCVQv3K3l3w2BIrlLgdJ8AtZJZDtlL_W/w400-h269/rolando-boldrin.webp" width="400" /></a></div><p></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Legenda da foto: Morre o ator e apresentador Rolando Boldrin</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Publicado originalmente no site G1 GLOBO, em 9 de novembro de 2022 </i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Rolando Boldrin, ator, cantor, compositor e apresentador, morre em SP aos 86 anos</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Com o 'Sr. Brasil', da TV Cultura, o qual apresentou por 17 anos, Boldrin 'tirou o Brasil da gaveta' e fez coro com os artistas mais representativos de todas as regiões do país, diz nota da Fundação Anchieta. Ele participou de diversas novelas e ainda apresentou programas como 'Som Brasil' na TV Globo.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Por Larissa Calderari, TV Globo e g1 SP</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>O ator, cantor, compositor e apresentador da TV Cultura Rolando Boldrin morreu nesta quarta-feira (9) aos 86 anos, em São Paulo. A causa da morte foi Insuficiência respiratória e renal, segundo informações da emissora. Ele estava internado no Hospital Albert Einstein havia dois meses.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>O velório de Boldrin será realizado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) nesta quinta-feira (10), das 8h às 15h, e será aberto ao público. Ele será velado no Hall Monumental, e o acesso para visitação do público será feito pelo portão do estacionamento localizado na avenida Pedro Álvares Cabral, 201, apenas para pedestres. O sepultamento ocorrerá no cemitério Gethsêmani Morumbi, às 17h.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Com mais de 60 anos de carreira na TV, Rolando Boldrin apresentou o programa musical "Sr. Brasil" por 17 anos. Com grandes sucessos, Boldrin se consagrou como um dos principais expoentes da cultura sertaneja e das raízes da música caipira no Brasil.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>"Ele tirou o Brasil da gaveta' e fez coro com os artistas mais representativos de todas as regiões do país. Em seu programa, o cenário privilegiava os artesãos brasileiros e era circundado por imagens dos artistas que fizeram a nossa história, escrita, falada e cantada, e que já viajaram, muitos deles 'fora do combinado', conforme costumava dizer Rolando", diz nota da TV Cultura.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Um dos grandes sucessos de Boldrin na televisão foi o Som Brasil, que começou no rádio e estreou na TV Globo em 1981. O programa foi criado pelo próprio artista.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>No Som Brasil, Rolando Boldrin contava causos, dançava e exibia peças teatrais e pequenos documentários. Mas o destaque eram as atrações musicais com forte apelo à cultura popular brasileira.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Na televisão, ainda apresentou os programas “Empório Brasileiro” na TV Bandeirantes e “Empório Brasil” no SBT. Na TV Cultura, estava à frente do “Sr. Brasil” desde 2005.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Boldrin também fez carreira na teledramaturgia. Como ator, Rolando atuou em mais de 30 novelas, como “O Direito de Nascer”, “As Pupilas do Senhor Reitor”, “Os Deuses Estão Mortos”, “Quero Viver”, “Mulheres de Areia”, “Os Inocentes”, “A Viagem”, “O Profeta”, “Roda de Fogo”, “Cara a Cara”, “Cavalo Amarelo” e “Os Imigrantes”.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Segundo a nota da Fundação Padre Anchieta, Boldrin dizia que era fundamentalmente um ator: "esse tem sido meu trabalho a vida inteira; radioator, ator de novela, de teatro, de cinema, um ator que canta, declama poesias e conta histórias”, falava.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Biografia</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Boldrin era o sétimo filho de uma família de 12 irmãos, nascido em 22 de outubro de 1936.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Saído do interior de São Paulo, da cidade de São Joaquim da Barra, ele virou ator de filmes premiados e de novelas acompanhadas no Brasil inteiro e até no exterior, tornando-se compositor, cantor, apresentador e, claro, grande contador de causos.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A voz inconfundível de Rolando Boldrin se tornou em um sucesso na Rádio São Joaquim da Barra. De lá, o artista passou a fazer narrações de grandes projetos nacionais.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Na música, o Boldrin gravou 174 obras de diversos estilos musicais ao longo de 60 anos de carreira.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Além do rádio, da música e da televisão, Boldrin também trabalhou no cinema, com os filmes "Doramundo", "O Tronco" e "O Filme da Minha Vida".</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>"A TV Cultura agradece pela honra de ter contado com o brilhantismo de Boldrin em sua programação. E manifesta os mais sinceros sentimentos aos familiares e amigos deste artista gigante que jamais será esquecido", diz a nota.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Texto e imagem reproduzidos do site: g1.globo.com/sp</i></b></p>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4246195741328325403.post-36572596295113841182021-12-22T05:38:00.000-08:002021-12-22T05:38:22.161-08:00Conheça origem, trajetória e influências de Bráulio Bessa <p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhqPhd4FIPf11lI1cxpX5r54gYMdY5UMLVvg6-XiwTri0OMMqwcteX9caagZpK9ePHFKZ-ke4wwLSX3GxxW45m5tiH13NEt24sJqRIsoXBoWRI_Ir1nIT-F-LC1prBxN9cATNSmNtin9_2B_upCJJBdkOR2lTbahPYXbVAnp_Uh8tHx9f0dJtm0Mai6=s900" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="900" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhqPhd4FIPf11lI1cxpX5r54gYMdY5UMLVvg6-XiwTri0OMMqwcteX9caagZpK9ePHFKZ-ke4wwLSX3GxxW45m5tiH13NEt24sJqRIsoXBoWRI_Ir1nIT-F-LC1prBxN9cATNSmNtin9_2B_upCJJBdkOR2lTbahPYXbVAnp_Uh8tHx9f0dJtm0Mai6=w400-h400" width="400" /></a></div><p></p><div class="OutlineElement Ltr BCX0 SCXW143498763" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: white; clear: both; cursor: text; direction: ltr; font-family: "Segoe UI", "Segoe UI Web", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px; overflow: visible; padding: 0px; position: relative; user-select: text;"><p class="Paragraph SCXW143498763 BCX0" lang="PT-BR" paraeid="{55e3b877-c2db-4671-9013-d8af9d2a3593}{245}" paraid="423205692" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: transparent; color: windowtext; font-kerning: none; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; user-select: text; vertical-align: baseline;" xml:lang="PT-BR"><b><i><span class="TextRun SCXW143498763 BCX0" data-contrast="auto" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" lang="PT-BR" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; font-variant-ligatures: none; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;" xml:lang="PT-BR">Publicado originalmente no site CULTURADORIA, em 20 de julho de 2021 </span><span class="EOP SCXW143498763 BCX0" data-ccp-props="{"201341983":0,"335559739":160,"335559740":259}" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;"> </span></i></b></p><p class="Paragraph SCXW143498763 BCX0" lang="PT-BR" paraeid="{55e3b877-c2db-4671-9013-d8af9d2a3593}{245}" paraid="423205692" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: transparent; color: windowtext; font-kerning: none; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; user-select: text; vertical-align: baseline;" xml:lang="PT-BR"><b><i><span class="EOP SCXW143498763 BCX0" data-ccp-props="{"201341983":0,"335559739":160,"335559740":259}" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;"><br /></span></i></b></p></div><div class="OutlineElement Ltr BCX0 SCXW143498763" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: white; clear: both; cursor: text; direction: ltr; font-family: "Segoe UI", "Segoe UI Web", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px; overflow: visible; padding: 0px; position: relative; user-select: text;"><p class="Paragraph SCXW143498763 BCX0" lang="PT-BR" paraeid="{a9ea6bfc-e33f-4bcc-b2de-061e6d090b96}{16}" paraid="1497574060" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: transparent; color: windowtext; font-kerning: none; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; user-select: text; vertical-align: baseline;" xml:lang="PT-BR"><b><i><span class="TextRun SCXW143498763 BCX0" data-contrast="auto" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" lang="PT-BR" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; font-variant-ligatures: none; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;" xml:lang="PT-BR">Conheça origem, trajetória e influências de Bráulio Bessa</span><span class="EOP SCXW143498763 BCX0" data-ccp-props="{"201341983":0,"335559739":160,"335559740":259}" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;"> </span></i></b></p><p class="Paragraph SCXW143498763 BCX0" lang="PT-BR" paraeid="{a9ea6bfc-e33f-4bcc-b2de-061e6d090b96}{16}" paraid="1497574060" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: transparent; color: windowtext; font-kerning: none; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; user-select: text; vertical-align: baseline;" xml:lang="PT-BR"><b><i><span class="EOP SCXW143498763 BCX0" data-ccp-props="{"201341983":0,"335559739":160,"335559740":259}" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;"><br /></span></i></b></p></div><div class="OutlineElement Ltr BCX0 SCXW143498763" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: white; clear: both; cursor: text; direction: ltr; font-family: "Segoe UI", "Segoe UI Web", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px; overflow: visible; padding: 0px; position: relative; user-select: text;"><p class="Paragraph SCXW143498763 BCX0" lang="PT-BR" paraeid="{d69b6273-bad4-4a0c-9b16-d028baee12f5}{236}" paraid="1984656598" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: transparent; color: windowtext; font-kerning: none; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; user-select: text; vertical-align: baseline;" xml:lang="PT-BR"><b><i><span class="TextRun SCXW143498763 BCX0" data-contrast="auto" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" lang="PT-BR" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; font-variant-ligatures: none; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;" xml:lang="PT-BR">Após o sucesso da declamação de cordéis na TV e nas redes sociais, o poeta cearense tornou-se poeta best-seller</span><span class="EOP SCXW143498763 BCX0" data-ccp-props="{"201341983":0,"335559739":160,"335559740":259}" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;"> </span></i></b></p><p class="Paragraph SCXW143498763 BCX0" lang="PT-BR" paraeid="{d69b6273-bad4-4a0c-9b16-d028baee12f5}{236}" paraid="1984656598" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: transparent; color: windowtext; font-kerning: none; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; user-select: text; vertical-align: baseline;" xml:lang="PT-BR"><b><i><span class="EOP SCXW143498763 BCX0" data-ccp-props="{"201341983":0,"335559739":160,"335559740":259}" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;"><br /></span></i></b></p></div><div class="OutlineElement Ltr BCX0 SCXW143498763" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: white; clear: both; cursor: text; direction: ltr; font-family: "Segoe UI", "Segoe UI Web", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px; overflow: visible; padding: 0px; position: relative; user-select: text;"><p class="Paragraph SCXW143498763 BCX0" lang="PT-BR" paraeid="{d69b6273-bad4-4a0c-9b16-d028baee12f5}{243}" paraid="1799378107" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: transparent; color: windowtext; font-kerning: none; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; user-select: text; vertical-align: baseline;" xml:lang="PT-BR"><b><i><span class="TextRun SCXW143498763 BCX0" data-contrast="auto" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" lang="PT-BR" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; font-variant-ligatures: none; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;" xml:lang="PT-BR"><span class="NormalTextRun SCXW143498763 BCX0" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;">Publicado por Laura Rossetti | Participante do 1º Laboratório </span><span class="NormalTextRun SCXW143498763 BCX0" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;">Culturadoria</span><span class="NormalTextRun SCXW143498763 BCX0" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;"> de Jornalismo e Crítica Cultural: Olhares e Processos | Colunista do </span><span class="NormalTextRun SCXW143498763 BCX0" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;">Culturadoria</span></span><span class="EOP SCXW143498763 BCX0" data-ccp-props="{"201341983":0,"335559739":160,"335559740":259}" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;"> </span></i></b></p><p class="Paragraph SCXW143498763 BCX0" lang="PT-BR" paraeid="{d69b6273-bad4-4a0c-9b16-d028baee12f5}{243}" paraid="1799378107" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: transparent; color: windowtext; font-kerning: none; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; user-select: text; vertical-align: baseline;" xml:lang="PT-BR"><b><i><span class="EOP SCXW143498763 BCX0" data-ccp-props="{"201341983":0,"335559739":160,"335559740":259}" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;"><br /></span></i></b></p></div><div class="OutlineElement Ltr BCX0 SCXW143498763" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: white; clear: both; cursor: text; direction: ltr; font-family: "Segoe UI", "Segoe UI Web", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px; overflow: visible; padding: 0px; position: relative; user-select: text;"><p class="Paragraph SCXW143498763 BCX0" lang="PT-BR" paraeid="{4659b1cd-0418-46d3-9fb8-07205eb7c6f5}{24}" paraid="691153375" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: transparent; color: windowtext; font-kerning: none; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; user-select: text; vertical-align: baseline;" xml:lang="PT-BR"><b><i><span class="TextRun SCXW143498763 BCX0" data-contrast="auto" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" lang="PT-BR" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; font-variant-ligatures: none; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;" xml:lang="PT-BR"><span class="NormalTextRun SCXW143498763 BCX0" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;">“Quando a falta de esperança/decidir lhe </span><span class="NormalTextRun SCXW143498763 BCX0" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;">açoitar, /</span><span class="NormalTextRun SCXW143498763 BCX0" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;">se tudo que for real/for difícil suportar…/É hora do </span><span class="NormalTextRun SCXW143498763 BCX0" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;">recomeço./</span><span class="NormalTextRun SCXW143498763 BCX0" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;">Recomece a SONHAR”. Você, provavelmente, já leu ou ouviu estes versos em algum vídeo enviado no grupo de sua família no WhatsApp. Eles foram escritos por Bráulio Bessa e fazem parte do poema “Recomece”, que, segundo o próprio autor, tornou-se um de seus “clássicos”, pois trata-se do poema pelo qual ele é geralmente reconhecido.</span></span><span class="EOP SCXW143498763 BCX0" data-ccp-props="{"201341983":0,"335559739":160,"335559740":259}" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;"> </span></i></b></p><p class="Paragraph SCXW143498763 BCX0" lang="PT-BR" paraeid="{4659b1cd-0418-46d3-9fb8-07205eb7c6f5}{24}" paraid="691153375" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: transparent; color: windowtext; font-kerning: none; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; user-select: text; vertical-align: baseline;" xml:lang="PT-BR"><b><i><span class="EOP SCXW143498763 BCX0" data-ccp-props="{"201341983":0,"335559739":160,"335559740":259}" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;"><br /></span></i></b></p></div><div class="OutlineElement Ltr BCX0 SCXW143498763" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: white; clear: both; cursor: text; direction: ltr; font-family: "Segoe UI", "Segoe UI Web", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px; overflow: visible; padding: 0px; position: relative; user-select: text;"><p class="Paragraph SCXW143498763 BCX0" lang="PT-BR" paraeid="{4659b1cd-0418-46d3-9fb8-07205eb7c6f5}{27}" paraid="846665645" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: transparent; color: windowtext; font-kerning: none; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; user-select: text; vertical-align: baseline;" xml:lang="PT-BR"><b><i><span class="TextRun SCXW143498763 BCX0" data-contrast="auto" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" lang="PT-BR" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; font-variant-ligatures: none; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;" xml:lang="PT-BR"><span class="NormalTextRun SCXW143498763 BCX0" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;">O poeta nordestino ganhou notoriedade nacional a partir de 2014, quando começou a declamar suas poesias de cordel no Encontro com Fátima Bernardes</span><span class="NormalTextRun SCXW143498763 BCX0" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;">, da TV Globo. O quadro apresentado por ele no programa se chamava “Poesia com rapadura”, nome dado, posteriormente, ao primeiro livro do autor, publicado em 2017. Contudo, sua atuação na difusão da cultura nordestina é bem anterior a isso. Abaixo, contaremos um pouco da trajetória e das influências deste artista que, atualmente, é nome de destaque na poesia brasileira.</span></span></i></b></p><p class="Paragraph SCXW143498763 BCX0" lang="PT-BR" paraeid="{4659b1cd-0418-46d3-9fb8-07205eb7c6f5}{27}" paraid="846665645" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: transparent; color: windowtext; font-kerning: none; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; user-select: text; vertical-align: baseline;" xml:lang="PT-BR"><b><i><span class="EOP SCXW143498763 BCX0" data-ccp-props="{"201341983":0,"335559739":160,"335559740":259}" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;"> </span></i></b></p></div><div class="OutlineElement Ltr BCX0 SCXW143498763" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: white; clear: both; cursor: text; direction: ltr; font-family: "Segoe UI", "Segoe UI Web", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px; overflow: visible; padding: 0px; position: relative; user-select: text;"><p class="Paragraph SCXW143498763 BCX0" lang="PT-BR" paraeid="{4659b1cd-0418-46d3-9fb8-07205eb7c6f5}{38}" paraid="968295417" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: transparent; color: windowtext; font-kerning: none; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; user-select: text; vertical-align: baseline;" xml:lang="PT-BR"><b><i><span class="TextRun SCXW143498763 BCX0" data-contrast="auto" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" lang="PT-BR" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; font-variant-ligatures: none; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;" xml:lang="PT-BR">Trajetória</span><span class="EOP SCXW143498763 BCX0" data-ccp-props="{"201341983":0,"335559739":160,"335559740":259}" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;"> </span></i></b></p><p class="Paragraph SCXW143498763 BCX0" lang="PT-BR" paraeid="{4659b1cd-0418-46d3-9fb8-07205eb7c6f5}{38}" paraid="968295417" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: transparent; color: windowtext; font-kerning: none; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; user-select: text; vertical-align: baseline;" xml:lang="PT-BR"><b><i><span class="EOP SCXW143498763 BCX0" data-ccp-props="{"201341983":0,"335559739":160,"335559740":259}" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;"><br /></span></i></b></p></div><div class="OutlineElement Ltr BCX0 SCXW143498763" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: white; clear: both; cursor: text; direction: ltr; font-family: "Segoe UI", "Segoe UI Web", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px; overflow: visible; padding: 0px; position: relative; user-select: text;"><p class="Paragraph SCXW143498763 BCX0" lang="PT-BR" paraeid="{4659b1cd-0418-46d3-9fb8-07205eb7c6f5}{41}" paraid="231313553" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: transparent; color: windowtext; font-kerning: none; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; user-select: text; vertical-align: baseline;" xml:lang="PT-BR"><b><i><span class="TextRun SCXW143498763 BCX0" data-contrast="auto" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" lang="PT-BR" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; font-variant-ligatures: none; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;" xml:lang="PT-BR">Bráulio Bessa Uchoa nasceu em 1985, no pequeno município de Alto Santo, no interior do Ceará. Foi na escola que teve contato, pela primeira vez, com a poesia nordestina. A partir daí, passou a admirar e a frequentar cantorias de viola em sua cidade. Ainda adolescente, participou de grupos de teatro de rua, e até fez parte de uma banda chamada Alto Samba. </span><span class="EOP SCXW143498763 BCX0" data-ccp-props="{"201341983":0,"335559739":160,"335559740":259}" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;"> </span></i></b></p><p class="Paragraph SCXW143498763 BCX0" lang="PT-BR" paraeid="{4659b1cd-0418-46d3-9fb8-07205eb7c6f5}{41}" paraid="231313553" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: transparent; color: windowtext; font-kerning: none; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; user-select: text; vertical-align: baseline;" xml:lang="PT-BR"><b><i><span class="EOP SCXW143498763 BCX0" data-ccp-props="{"201341983":0,"335559739":160,"335559740":259}" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;"><br /></span></i></b></p></div><div class="OutlineElement Ltr BCX0 SCXW143498763" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: white; clear: both; cursor: text; direction: ltr; font-family: "Segoe UI", "Segoe UI Web", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px; overflow: visible; padding: 0px; position: relative; user-select: text;"><p class="Paragraph SCXW143498763 BCX0" lang="PT-BR" paraeid="{4659b1cd-0418-46d3-9fb8-07205eb7c6f5}{44}" paraid="112322644" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: transparent; color: windowtext; font-kerning: none; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; user-select: text; vertical-align: baseline;" xml:lang="PT-BR"><b><i><span class="TextRun SCXW143498763 BCX0" data-contrast="auto" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" lang="PT-BR" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; font-variant-ligatures: none; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;" xml:lang="PT-BR"><span class="NormalTextRun SCXW143498763 BCX0" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;">Sua crescente paixão pela cultura do Nordeste fez com que Bessa criasse, em 2011, uma página no Facebook, chamada Nação Nordestina, </span><span class="NormalTextRun SCXW143498763 BCX0" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;">para publicar conteúdos sobre tradições, expressões populares e culinária da região. A página tinha mais de um milhão de seguidores, quando, em 2014, o escritor publicou um vídeo em que declamava o poema “Nordeste Independente”, de Bráulio Tavares e Ivanildo Vila Nova. Veja abaixo:</span></span><span class="EOP SCXW143498763 BCX0" data-ccp-props="{"201341983":0,"335559739":160,"335559740":259}" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;"> </span></i></b></p><p class="Paragraph SCXW143498763 BCX0" lang="PT-BR" paraeid="{4659b1cd-0418-46d3-9fb8-07205eb7c6f5}{44}" paraid="112322644" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: transparent; color: windowtext; font-kerning: none; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; user-select: text; vertical-align: baseline;" xml:lang="PT-BR"><b><i><span class="EOP SCXW143498763 BCX0" data-ccp-props="{"201341983":0,"335559739":160,"335559740":259}" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;"><br /></span></i></b></p></div><div class="OutlineElement Ltr BCX0 SCXW143498763" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: white; clear: both; cursor: text; direction: ltr; font-family: "Segoe UI", "Segoe UI Web", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px; overflow: visible; padding: 0px; position: relative; user-select: text;"><p class="Paragraph SCXW143498763 BCX0" lang="PT-BR" paraeid="{4659b1cd-0418-46d3-9fb8-07205eb7c6f5}{47}" paraid="930341608" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: transparent; color: windowtext; font-kerning: none; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; user-select: text; vertical-align: baseline;" xml:lang="PT-BR"><b><i><span class="TextRun SCXW143498763 BCX0" data-contrast="auto" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" lang="PT-BR" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; font-variant-ligatures: none; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;" xml:lang="PT-BR"><span class="NormalTextRun SCXW143498763 BCX0" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;">A publicação foi uma resposta bem-humorada aos ataques que os nordestinos estavam sofrendo nas redes sociais. Isso ocorreu após a apuração dos votos da eleição presidencial daquele mesmo ano. Dessa forma, não demorou para que o vídeo viralizasse. Bráulio Bessa foi, então, convidado, pela equipe do Encontro, </span><span class="NormalTextRun SCXW143498763 BCX0" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;">a falar, no programa, sobre o preconceito histórico contra seu povo.</span></span><span class="EOP SCXW143498763 BCX0" data-ccp-props="{"201341983":0,"335559739":160,"335559740":259}" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;"> </span></i></b></p><p class="Paragraph SCXW143498763 BCX0" lang="PT-BR" paraeid="{4659b1cd-0418-46d3-9fb8-07205eb7c6f5}{47}" paraid="930341608" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: transparent; color: windowtext; font-kerning: none; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; user-select: text; vertical-align: baseline;" xml:lang="PT-BR"><b><i><span class="EOP SCXW143498763 BCX0" data-ccp-props="{"201341983":0,"335559739":160,"335559740":259}" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;"><br /></span></i></b></p></div><div class="OutlineElement Ltr BCX0 SCXW143498763" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: white; clear: both; cursor: text; direction: ltr; font-family: "Segoe UI", "Segoe UI Web", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px; overflow: visible; padding: 0px; position: relative; user-select: text;"><p class="Paragraph SCXW143498763 BCX0" lang="PT-BR" paraeid="{4659b1cd-0418-46d3-9fb8-07205eb7c6f5}{50}" paraid="333309363" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: transparent; color: windowtext; font-kerning: none; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; user-select: text; vertical-align: baseline;" xml:lang="PT-BR"><b><i><span class="TextRun SCXW143498763 BCX0" data-contrast="auto" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" lang="PT-BR" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; font-variant-ligatures: none; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;" xml:lang="PT-BR">Popularidade</span><span class="EOP SCXW143498763 BCX0" data-ccp-props="{"201341983":0,"335559739":160,"335559740":259}" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;"> </span></i></b></p><p class="Paragraph SCXW143498763 BCX0" lang="PT-BR" paraeid="{4659b1cd-0418-46d3-9fb8-07205eb7c6f5}{50}" paraid="333309363" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: transparent; color: windowtext; font-kerning: none; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; user-select: text; vertical-align: baseline;" xml:lang="PT-BR"><b><i><span class="EOP SCXW143498763 BCX0" data-ccp-props="{"201341983":0,"335559739":160,"335559740":259}" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;"><br /></span></i></b></p></div><div class="OutlineElement Ltr BCX0 SCXW143498763" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: white; clear: both; cursor: text; direction: ltr; font-family: "Segoe UI", "Segoe UI Web", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px; overflow: visible; padding: 0px; position: relative; user-select: text;"><p class="Paragraph SCXW143498763 BCX0" lang="PT-BR" paraeid="{4659b1cd-0418-46d3-9fb8-07205eb7c6f5}{53}" paraid="692468027" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: transparent; color: windowtext; font-kerning: none; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; user-select: text; vertical-align: baseline;" xml:lang="PT-BR"><b><i><span class="TextRun SCXW143498763 BCX0" data-contrast="auto" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" lang="PT-BR" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; font-variant-ligatures: none; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;" xml:lang="PT-BR">Desde então, a popularidade de Bessa cresceu bastante, e ele se tornou um fenômeno nas redes sociais. Seus vídeos a declamar os próprios cordéis cativaram milhões de brasileiros, contribuindo com a recente tendência de crescimento das vendas na categoria de “poesia nacional”.</span><span class="EOP SCXW143498763 BCX0" data-ccp-props="{"201341983":0,"335559739":160,"335559740":259}" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;"> </span></i></b></p><p class="Paragraph SCXW143498763 BCX0" lang="PT-BR" paraeid="{4659b1cd-0418-46d3-9fb8-07205eb7c6f5}{53}" paraid="692468027" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: transparent; color: windowtext; font-kerning: none; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; user-select: text; vertical-align: baseline;" xml:lang="PT-BR"><b><i><span class="EOP SCXW143498763 BCX0" data-ccp-props="{"201341983":0,"335559739":160,"335559740":259}" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;"><br /></span></i></b></p></div><div class="OutlineElement Ltr BCX0 SCXW143498763" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: white; clear: both; cursor: text; direction: ltr; font-family: "Segoe UI", "Segoe UI Web", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px; overflow: visible; padding: 0px; position: relative; user-select: text;"><p class="Paragraph SCXW143498763 BCX0" lang="PT-BR" paraeid="{4659b1cd-0418-46d3-9fb8-07205eb7c6f5}{56}" paraid="96658610" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: transparent; color: windowtext; font-kerning: none; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; user-select: text; vertical-align: baseline;" xml:lang="PT-BR"><b><i><span class="TextRun SCXW143498763 BCX0" data-contrast="auto" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" lang="PT-BR" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; font-variant-ligatures: none; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;" xml:lang="PT-BR"><span class="NormalTextRun SCXW143498763 BCX0" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;">De acordo com dados da empresa de pesquisa de mercado </span><span class="NormalTextRun SCXW143498763 BCX0" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;">GfK</span><span class="NormalTextRun SCXW143498763 BCX0" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;">, as vendas na categoria aumentaram 107%, entre os meses de janeiro e agosto de 2018, em comparação ao mesmo período do ano anterior.</span></span></i></b></p><p class="Paragraph SCXW143498763 BCX0" lang="PT-BR" paraeid="{4659b1cd-0418-46d3-9fb8-07205eb7c6f5}{56}" paraid="96658610" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: transparent; color: windowtext; font-kerning: none; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; user-select: text; vertical-align: baseline;" xml:lang="PT-BR"><b><i><span class="EOP SCXW143498763 BCX0" data-ccp-props="{"201341983":0,"335559739":160,"335559740":259}" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;"> </span></i></b></p></div><div class="OutlineElement Ltr BCX0 SCXW143498763" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: white; clear: both; cursor: text; direction: ltr; font-family: "Segoe UI", "Segoe UI Web", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px; overflow: visible; padding: 0px; position: relative; user-select: text;"><p class="Paragraph SCXW143498763 BCX0" lang="PT-BR" paraeid="{4659b1cd-0418-46d3-9fb8-07205eb7c6f5}{59}" paraid="730168151" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: transparent; color: windowtext; font-kerning: none; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; user-select: text; vertical-align: baseline;" xml:lang="PT-BR"><b><i><span class="TextRun SCXW143498763 BCX0" data-contrast="auto" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" lang="PT-BR" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; font-variant-ligatures: none; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;" xml:lang="PT-BR"><span class="NormalTextRun SCXW143498763 BCX0" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;">O aumento reflete, justamente, a popularização da poesia no espaço virtual, onde jovens poetas publicam textos e conquistam milhares de seguidores, como é o caso de João </span><span class="NormalTextRun SCXW143498763 BCX0" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;">Doederlein</span><span class="NormalTextRun SCXW143498763 BCX0" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;">, </span><span class="NormalTextRun SCXW143498763 BCX0" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;">Ryane</span><span class="NormalTextRun SCXW143498763 BCX0" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;"> Leão e Zack </span><span class="NormalTextRun SCXW143498763 BCX0" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;">Magiezi</span><span class="NormalTextRun SCXW143498763 BCX0" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;">. Assim, os livros de poesia desses e de outros autores ganharam espaço na lista de best-sellers </span><span class="NormalTextRun SCXW143498763 BCX0" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;">do país.</span></span><span class="EOP SCXW143498763 BCX0" data-ccp-props="{"201341983":0,"335559739":160,"335559740":259}" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;"> </span></i></b></p></div><div class="OutlineElement Ltr BCX0 SCXW143498763" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: white; clear: both; cursor: text; direction: ltr; font-family: "Segoe UI", "Segoe UI Web", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px; overflow: visible; padding: 0px; position: relative; user-select: text;"><p class="Paragraph SCXW143498763 BCX0" lang="PT-BR" paraeid="{4659b1cd-0418-46d3-9fb8-07205eb7c6f5}{62}" paraid="1517846326" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: transparent; color: windowtext; font-kerning: none; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; user-select: text; vertical-align: baseline;" xml:lang="PT-BR"><b><i><span class="TextRun SCXW143498763 BCX0" data-contrast="auto" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" lang="PT-BR" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; font-variant-ligatures: none; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;" xml:lang="PT-BR">Influências e literatura de cordel</span><span class="EOP SCXW143498763 BCX0" data-ccp-props="{"201341983":0,"335559739":160,"335559740":259}" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;"> </span></i></b></p><p class="Paragraph SCXW143498763 BCX0" lang="PT-BR" paraeid="{4659b1cd-0418-46d3-9fb8-07205eb7c6f5}{62}" paraid="1517846326" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: transparent; color: windowtext; font-kerning: none; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; user-select: text; vertical-align: baseline;" xml:lang="PT-BR"><b><i><span class="EOP SCXW143498763 BCX0" data-ccp-props="{"201341983":0,"335559739":160,"335559740":259}" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;"><br /></span></i></b></p></div><div class="OutlineElement Ltr BCX0 SCXW143498763" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: white; clear: both; cursor: text; direction: ltr; font-family: "Segoe UI", "Segoe UI Web", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px; overflow: visible; padding: 0px; position: relative; user-select: text;"><p class="Paragraph SCXW143498763 BCX0" lang="PT-BR" paraeid="{4659b1cd-0418-46d3-9fb8-07205eb7c6f5}{65}" paraid="806499246" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: transparent; color: windowtext; font-kerning: none; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; user-select: text; vertical-align: baseline;" xml:lang="PT-BR"><b><i><span class="TextRun SCXW143498763 BCX0" data-contrast="auto" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" lang="PT-BR" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; font-variant-ligatures: none; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;" xml:lang="PT-BR">Aos 14 anos, por meio de um trabalho da escola, Bráulio conheceu a poesia de Patativa do Assaré, importante cantador, violeiro e repentista cearense. Segundo o artista, foi a partir daí que sua relação com a arte se estreitou. A escrita marcadamente regional de Patativa encantou Bessa, e ele logo passou a sonhar em se tornar poeta.</span><span class="EOP SCXW143498763 BCX0" data-ccp-props="{"201341983":0,"335559739":160,"335559740":259}" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;"> </span></i></b></p><p class="Paragraph SCXW143498763 BCX0" lang="PT-BR" paraeid="{4659b1cd-0418-46d3-9fb8-07205eb7c6f5}{65}" paraid="806499246" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: transparent; color: windowtext; font-kerning: none; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; user-select: text; vertical-align: baseline;" xml:lang="PT-BR"><b><i><span class="EOP SCXW143498763 BCX0" data-ccp-props="{"201341983":0,"335559739":160,"335559740":259}" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;"><br /></span></i></b></p></div><div class="OutlineElement Ltr BCX0 SCXW143498763" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: white; clear: both; cursor: text; direction: ltr; font-family: "Segoe UI", "Segoe UI Web", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px; overflow: visible; padding: 0px; position: relative; user-select: text;"><p class="Paragraph SCXW143498763 BCX0" lang="PT-BR" paraeid="{4659b1cd-0418-46d3-9fb8-07205eb7c6f5}{68}" paraid="942296717" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: transparent; color: windowtext; font-kerning: none; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; user-select: text; vertical-align: baseline;" xml:lang="PT-BR"><b><i><span class="TextRun SCXW143498763 BCX0" data-contrast="auto" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" lang="PT-BR" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; font-variant-ligatures: none; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;" xml:lang="PT-BR">Inspirado pela obra do cantador de Assaré, começou a escrever poemas no mesmo estilo informal. Sendo assim, usava rimas e métrica, próprio da literatura de cordel. A manifestação literária surgiu no interior do Nordeste e se popularizou no final do século XIX.</span><span class="EOP SCXW143498763 BCX0" data-ccp-props="{"201341983":0,"335559739":160,"335559740":259}" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;"> </span></i></b></p><p class="Paragraph SCXW143498763 BCX0" lang="PT-BR" paraeid="{4659b1cd-0418-46d3-9fb8-07205eb7c6f5}{68}" paraid="942296717" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: transparent; color: windowtext; font-kerning: none; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; user-select: text; vertical-align: baseline;" xml:lang="PT-BR"><b><i><span class="EOP SCXW143498763 BCX0" data-ccp-props="{"201341983":0,"335559739":160,"335559740":259}" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;"><br /></span></i></b></p></div><div class="OutlineElement Ltr BCX0 SCXW143498763" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: white; clear: both; cursor: text; direction: ltr; font-family: "Segoe UI", "Segoe UI Web", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px; overflow: visible; padding: 0px; position: relative; user-select: text;"><p class="Paragraph SCXW143498763 BCX0" lang="PT-BR" paraeid="{4659b1cd-0418-46d3-9fb8-07205eb7c6f5}{71}" paraid="1971267779" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: transparent; color: windowtext; font-kerning: none; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; user-select: text; vertical-align: baseline;" xml:lang="PT-BR"><b><i><span class="TextRun SCXW143498763 BCX0" data-contrast="auto" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" lang="PT-BR" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; font-variant-ligatures: none; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;" xml:lang="PT-BR">O nome “cordel” remete ao fato de que, à época, tais poemas eram impressos em folhetos expostos, nas feiras, em cordas ou barbantes. Geralmente, os cordéis versam sobre a vida no sertão, a seca e a fome, além de abordarem a cultura, os costumes e as tradições nordestinas.</span><span class="EOP SCXW143498763 BCX0" data-ccp-props="{"201341983":0,"335559739":160,"335559740":259}" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;"> </span></i></b></p><p class="Paragraph SCXW143498763 BCX0" lang="PT-BR" paraeid="{4659b1cd-0418-46d3-9fb8-07205eb7c6f5}{71}" paraid="1971267779" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: transparent; color: windowtext; font-kerning: none; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; user-select: text; vertical-align: baseline;" xml:lang="PT-BR"><b><i><span class="EOP SCXW143498763 BCX0" data-ccp-props="{"201341983":0,"335559739":160,"335559740":259}" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;"><br /></span></i></b></p></div><div class="OutlineElement Ltr BCX0 SCXW143498763" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: white; clear: both; cursor: text; direction: ltr; font-family: "Segoe UI", "Segoe UI Web", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px; overflow: visible; padding: 0px; position: relative; user-select: text;"><p class="Paragraph SCXW143498763 BCX0" lang="PT-BR" paraeid="{4659b1cd-0418-46d3-9fb8-07205eb7c6f5}{74}" paraid="456370745" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: transparent; color: windowtext; font-kerning: none; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; user-select: text; vertical-align: baseline;" xml:lang="PT-BR"><b><i><span class="TextRun SCXW143498763 BCX0" data-contrast="auto" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" lang="PT-BR" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; font-variant-ligatures: none; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;" xml:lang="PT-BR">Ainda na escola, Bessa conheceu a arte da declamação de poemas, ao ouvir um CD do grupo musical pernambucano Cordel do Fogo Encantado. A forma como o vocalista Lirinha declamava os cordéis fez Bráulio se interessar pelas técnicas de oralidade da poesia e, desse modo, construir seu próprio estilo.</span><span class="EOP SCXW143498763 BCX0" data-ccp-props="{"201341983":0,"335559739":160,"335559740":259}" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;"> </span></i></b></p><p class="Paragraph SCXW143498763 BCX0" lang="PT-BR" paraeid="{4659b1cd-0418-46d3-9fb8-07205eb7c6f5}{74}" paraid="456370745" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: transparent; color: windowtext; font-kerning: none; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; user-select: text; vertical-align: baseline;" xml:lang="PT-BR"><b><i><span class="EOP SCXW143498763 BCX0" data-ccp-props="{"201341983":0,"335559739":160,"335559740":259}" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;"><br /></span></i></b></p></div><div class="OutlineElement Ltr BCX0 SCXW143498763" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: white; clear: both; cursor: text; direction: ltr; font-family: "Segoe UI", "Segoe UI Web", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px; overflow: visible; padding: 0px; position: relative; user-select: text;"><p class="Paragraph SCXW143498763 BCX0" lang="PT-BR" paraeid="{4659b1cd-0418-46d3-9fb8-07205eb7c6f5}{77}" paraid="407227302" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: transparent; color: windowtext; font-kerning: none; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; user-select: text; vertical-align: baseline;" xml:lang="PT-BR"><b><i><span class="TextRun SCXW143498763 BCX0" data-contrast="auto" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" lang="PT-BR" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; font-variant-ligatures: none; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;" xml:lang="PT-BR">Livros publicados</span><span class="EOP SCXW143498763 BCX0" data-ccp-props="{"201341983":0,"335559739":160,"335559740":259}" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;"> </span></i></b></p><p class="Paragraph SCXW143498763 BCX0" lang="PT-BR" paraeid="{4659b1cd-0418-46d3-9fb8-07205eb7c6f5}{77}" paraid="407227302" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: transparent; color: windowtext; font-kerning: none; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; user-select: text; vertical-align: baseline;" xml:lang="PT-BR"><b><i><span class="EOP SCXW143498763 BCX0" data-ccp-props="{"201341983":0,"335559739":160,"335559740":259}" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;"><br /></span></i></b></p></div><div class="OutlineElement Ltr BCX0 SCXW143498763" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: white; clear: both; cursor: text; direction: ltr; font-family: "Segoe UI", "Segoe UI Web", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px; overflow: visible; padding: 0px; position: relative; user-select: text;"><p class="Paragraph SCXW143498763 BCX0" lang="PT-BR" paraeid="{4659b1cd-0418-46d3-9fb8-07205eb7c6f5}{80}" paraid="514382791" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: transparent; color: windowtext; font-kerning: none; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; user-select: text; vertical-align: baseline;" xml:lang="PT-BR"><b><i><span class="TextRun SCXW143498763 BCX0" data-contrast="auto" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" lang="PT-BR" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; font-variant-ligatures: none; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;" xml:lang="PT-BR"><span class="NormalTextRun SCXW143498763 BCX0" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;">Além de Poesia com rapadura, Bráulio publicou outros dois livros: Poesia que transforma (2018, Editora Sextante), </span><span class="NormalTextRun SCXW143498763 BCX0" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;">e Um</span><span class="NormalTextRun SCXW143498763 BCX0" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;"> carinho na alma (2019, Editora Sextante)</span><span class="NormalTextRun SCXW143498763 BCX0" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;">. Ambos foram muito bem recebidos pela crítica, tendo conquistado elogios de grandes artistas brasileiros, como Milton Nascimento, </span><span class="NormalTextRun SCXW143498763 BCX0" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;">Xico</span><span class="NormalTextRun SCXW143498763 BCX0" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;"> Sá, Lázaro Ramos e Juliana Paes.</span></span><span class="EOP SCXW143498763 BCX0" data-ccp-props="{"201341983":0,"335559739":160,"335559740":259}" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;"> </span></i></b></p><p class="Paragraph SCXW143498763 BCX0" lang="PT-BR" paraeid="{4659b1cd-0418-46d3-9fb8-07205eb7c6f5}{80}" paraid="514382791" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: transparent; color: windowtext; font-kerning: none; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; user-select: text; vertical-align: baseline;" xml:lang="PT-BR"><b><i><span class="EOP SCXW143498763 BCX0" data-ccp-props="{"201341983":0,"335559739":160,"335559740":259}" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;"><br /></span></i></b></p></div><div class="OutlineElement Ltr BCX0 SCXW143498763" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: white; clear: both; cursor: text; direction: ltr; font-family: "Segoe UI", "Segoe UI Web", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px; overflow: visible; padding: 0px; position: relative; user-select: text;"><p class="Paragraph SCXW143498763 BCX0" lang="PT-BR" paraeid="{4659b1cd-0418-46d3-9fb8-07205eb7c6f5}{86}" paraid="955041166" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: transparent; color: windowtext; font-kerning: none; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; user-select: text; vertical-align: baseline;" xml:lang="PT-BR"><b><i><span class="TextRun SCXW143498763 BCX0" data-contrast="auto" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" lang="PT-BR" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; font-variant-ligatures: none; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;" xml:lang="PT-BR"><span class="NormalTextRun SCXW143498763 BCX0" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;">Bessa também publicou um pequeno livro interativo – que apresenta perguntas a serem respondidas pelo leitor – chamado Recomece</span><span class="NormalTextRun SCXW143498763 BCX0" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;">, em 2018. O título faz referência a um de seus poemas mais conhecidos. Atualmente, o poeta trabalha em novo livro, ainda sem data de lançamento.</span></span><span class="EOP SCXW143498763 BCX0" data-ccp-props="{"201341983":0,"335559739":160,"335559740":259}" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;"> </span></i></b></p></div><div class="OutlineElement Ltr BCX0 SCXW143498763" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: white; clear: both; cursor: text; direction: ltr; font-family: "Segoe UI", "Segoe UI Web", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px; overflow: visible; padding: 0px; position: relative; user-select: text;"><p class="Paragraph SCXW143498763 BCX0" lang="PT-BR" paraeid="{4659b1cd-0418-46d3-9fb8-07205eb7c6f5}{89}" paraid="885766121" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: transparent; color: windowtext; font-kerning: none; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; user-select: text; vertical-align: baseline;" xml:lang="PT-BR"></p><div style="text-align: justify;"><b style="background-color: transparent; color: windowtext;"><i><span class="LineBreakBlob BlobObject DragDrop SCXW143498763 BCX0" face="WordVisiCarriageReturn_MSFontService, Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;"><span class="SCXW143498763 BCX0" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text; white-space: pre;"> </span></span></i></b></div><b><div style="text-align: justify;"><b style="background-color: transparent; color: windowtext;"><i><span class="TextRun SCXW143498763 BCX0" data-contrast="auto" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" lang="PT-BR" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; font-variant-ligatures: none; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;" xml:lang="PT-BR"><span class="NormalTextRun SCXW143498763 BCX0" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;">Laura Rossetti cursa o 8º período de Jornalismo na PUC Minas. Possui experiência em assessoria de imprensa e produção de conteúdo na área cultural. Tem um blog chamado Registros de Bolso </span><span class="NormalTextRun SCXW143498763 BCX0" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;">onde publica poemas, crônicas, resenhas de livros e outros textos autorais. Em seu tempo livre, adora ler, bordar e assistir filmes dramáticos. Participou da primeira turma do Laboratório </span><span class="NormalTextRun SCXW143498763 BCX0" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;">Culturadoria</span><span class="NormalTextRun SCXW143498763 BCX0" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;"> de Jornalismo e Crítica Cultural.</span></span><span class="EOP SCXW143498763 BCX0" data-ccp-props="{"201341983":0,"335559739":160,"335559740":259}" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;"> </span></i></b></div><div style="text-align: justify;"><b style="background-color: transparent; color: windowtext;"><i><span class="EOP SCXW143498763 BCX0" data-ccp-props="{"201341983":0,"335559739":160,"335559740":259}" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;"><br /></span></i></b></div></b><p></p></div><div class="OutlineElement Ltr BCX0 SCXW143498763" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: white; clear: both; cursor: text; direction: ltr; font-family: "Segoe UI", "Segoe UI Web", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px; overflow: visible; padding: 0px; position: relative; user-select: text;"><p class="Paragraph SCXW143498763 BCX0" lang="PT-BR" paraeid="{8f469d34-f9bc-4484-98e7-d5be8c982479}{23}" paraid="523679901" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: transparent; color: windowtext; font-kerning: none; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; user-select: text; vertical-align: baseline;" xml:lang="PT-BR"><b><i><span class="TextRun SCXW143498763 BCX0" data-contrast="auto" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" lang="PT-BR" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; font-variant-ligatures: none; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;" xml:lang="PT-BR">Texto, imagem e vídeo reproduzidos dos sites: culturadoria.com.br e youtube.com</span><span class="EOP SCXW143498763 BCX0" data-ccp-props="{"201341983":0,"335559739":160,"335559740":259}" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;"> </span></i></b></p></div><div class="OutlineElement Ltr BCX0 SCXW143498763" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: white; clear: both; cursor: text; direction: ltr; font-family: "Segoe UI", "Segoe UI Web", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px; overflow: visible; padding: 0px; position: relative; user-select: text;"><p class="Paragraph SCXW143498763 BCX0" lang="PT-BR" paraeid="{d69b6273-bad4-4a0c-9b16-d028baee12f5}{227}" paraid="505444132" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; background-color: transparent; color: windowtext; font-kerning: none; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; user-select: text; vertical-align: baseline;" xml:lang="PT-BR"><b><i><span class="TextRun SCXW143498763 BCX0" data-contrast="auto" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" lang="PT-BR" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; font-variant-ligatures: none; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;" xml:lang="PT-BR"><span class="NormalTextRun SCXW143498763 BCX0" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;"></span></span><span class="EOP SCXW143498763 BCX0" data-ccp-props="{"201341983":0,"335559739":160,"335559740":259}" face="Calibri, Calibri_EmbeddedFont, Calibri_MSFontService, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-user-drag: none; font-size: 11pt; line-height: 19.425px; margin: 0px; padding: 0px; user-select: text;"> </span></i></b><b style="background-color: transparent;"><i> </i></b></p></div>
<div style="text-align: center;"><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/0rBCKrgO3vg" title="YouTube video player" width="560"></iframe></div>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4246195741328325403.post-90416826462170326312021-01-07T10:21:00.006-08:002021-01-07T10:22:48.601-08:00Cantor Genival Lacerda morre aos 89 anos...<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqNfCKqH2n5qhMXNzB2D8CIVD9nhq99FODg-2HnFA7hpEzQpiNUR8vGxyXiSk4P05RPpq7j17Ll280lOABAAt7ZfVua_kLoLBiGdGGm3S1TDBPc28TehkPPAZPBtfP52s6DbX3ITGCH_U/s984/genival-1.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="604" data-original-width="984" height="245" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqNfCKqH2n5qhMXNzB2D8CIVD9nhq99FODg-2HnFA7hpEzQpiNUR8vGxyXiSk4P05RPpq7j17Ll280lOABAAt7ZfVua_kLoLBiGdGGm3S1TDBPc28TehkPPAZPBtfP52s6DbX3ITGCH_U/w400-h245/genival-1.jpg" width="400" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><i>Texto publicado originalmente no site G1 PE, em 7 de janeiro
de 2021 <o:p></o:p></i></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><i>Cantor Genival Lacerda morre aos 89 anos por complicações da
Covid-19, no Recife<o:p></o:p></i></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><i>Artista estava internado desde 30 de novembro no Hospital da
Unimed. Com carisma e irreverência, cantor foi um dos ícones do forró.<o:p></o:p></i></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><i>Por G1 PE<o:p></o:p></i></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><i>O cantor e compositor Genival Lacerda morreu aos 89 anos, no
Recife, em decorrência de complicações da Covid-19, nesta quinta-feira (7)
(veja vídeo acima). Artistas e políticos lamentaram, nas redes sociais, a morte
do paraibano e a prefeitura de Campina Grande, cidade natal de Genival,
decretou luto de três dias.</i></b></p><p class="MsoNormal"><b><i><o:p></o:p></i></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><i>O artista foi internado no dia 30 de novembro de 2020, no
Hospital Unimed I, na Ilha do Leite, na área central da capital pernambucana.
Com Covid-19, ele foi levado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI).<o:p></o:p></i></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><i>No dia 4 de janeiro, Genival Lacerda teve uma piora no
quadro de saúde, segundo o boletim divulgado pela família. Na quarta (6), a
família havia iniciado uma campanha de doação de sangue para o cantor.</i></b></p><p class="MsoNormal"><b><i><o:p></o:p></i></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><i>Em 26 de maio de 2020, Genival Lacerda havia sofrido um
Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVC) e deu entrada no Hospital d’Ávila,
na Zona Oeste da capital pernambucana. Recuperado, ele teve alta três dias
depois de ser internado.</i></b></p><p class="MsoNormal"><b><i><o:p></o:p></i></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><i>De acordo com a assessoria de imprensa do cantor, o corpo do
artista deixa o Recife por volta das 13h e segue para ser sepultado em Campina
Grande, ao lado do da mãe de Genival, Severina Lacerda.</i></b></p><p class="MsoNormal"><b><i><o:p></o:p></i></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><i>Perfil</i></b></p><p class="MsoNormal"><b><i><o:p></o:p></i></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><i>Genival Lacerda foi um dos grandes nomes do forró e, com
carisma e irreverência, se tornou um ídolo popular. Conhecido por todo o Brasil
durante 64 anos de carreira, era um símbolo da cultura do Nordeste.</i></b></p><p class="MsoNormal"><b><i><o:p></o:p></i></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><i>O cantor e compositor nasceu em Campina Grande, na Paraíba,
em 5 de abril de 1931. Chegou a trabalhar na cidade como radialista, mas fez a
primeira gravação como cantor quando já morava em Recife, para onde se mudou em
1953.</i></b></p><p class="MsoNormal"><b><i><o:p></o:p></i></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><i>Genival gravou seu primeiro disco em 1956, um compacto duplo
com "Coco de 56", escrito por ele e João Vicente, e o xaxado
"Dance o xaxado", feito por ele com Manoel Avelino.</i></b></p><p class="MsoNormal"><b><i><o:p></o:p></i></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><i>Ele gravou diversos álbuns e ficou conhecido pelo Nordeste
como músico e radialista durante esta fase no Recife.</i></b></p><p class="MsoNormal"><b><i><o:p></o:p></i></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><i>Em 1964, se mudou para o Rio de Janeiro. A consagração
nacional veio com "Severina Xique Xique", de 1975. O refrão "ele
tá de olho é na butique dela" virou sua marca.</i></b></p><p class="MsoNormal"><b><i><o:p></o:p></i></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><i>Em seguida, vieram sucessos como "Radinho de
pilha", "Mate o véio" e "De quem é esse jegue", que
consolidaram o estilo bem humorado do "seu Vavá", como também era
conhecido.<o:p></o:p></i></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><i>O músico viveu no Rio durante o auge da popularidade do
forró no Sudeste, e conviveu com outros artistas fundamentais do estilo como
Dominguinhos e Luiz Gonzaga.</i></b></p><p class="MsoNormal"><b><i><o:p></o:p></i></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><i>Com Jackson do Pandeiro, teve uma relação ainda mais
próxima, mesmo sendo bem mais novo. A irmã de Jackson, Severina, foi casada com
um irmão de Genival.</i></b></p><p class="MsoNormal"><b><i><o:p></o:p></i></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><i>Desde os anos 90, voltou a morar no Recife e, em 2016,
ganhou título de cidadão recifense da Câmara dos Vereadores. Nos últimos anos,
não tinha novos sucessos nas rádios, mas manteve o ritmo de shows e o
reconhecimento popular.</i></b></p><p class="MsoNormal"><b><i><o:p></o:p></i></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><i>No final de 2017, recebeu no Palácio do Planalto a medalha
da Ordem do Mérito Cultural (OMC). Na cerimônia, Genival tirou seu chapéu
estampado de bolinhas ao passar diante do então presidente Michel Temer.</i></b></p><p class="MsoNormal"><b><i><o:p></o:p></i></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><i>Na sexta-feira (8), estava previsto o lançamento de uma
faixa do DVD "Minha Estrada", com a participação de artistas
nordestinos, que foi gravado no Teatro Boa Vista, em agosto 2019. Em 13 de
dezembro, aniversário de Luiz Gonzaga, foi feito o primeiro lançamento de
faixa.</i></b></p><p class="MsoNormal"><b><i><o:p></o:p></i></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><i>Apesar do falecimento de Genival, o lançamento da canção com
o artista Zé Lezin, está mantido. "O artista faleceu, mas a obra dele vai
ficar", disse a assessora da família, Manuela Alves. Ao todo, são 15
faixas, com um lançamento por mês. A divulgação acontece pelas redes sociais e
por plataformas digitais.</i></b></p><p class="MsoNormal"><b><i><o:p></o:p></i></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><i>Genival deixou dez filhos, além de netos e bisnetos.</i></b></p><p class="MsoNormal"><b><i><o:p></o:p></i></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><i>Genival Lacerda será sepultado em Campina Grande, ao lado do
corpo da mãe</i></b></p><p class="MsoNormal"><b><i><o:p></o:p></i></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><i>Texto e imagem reproduzidos do site: g1.globo.com/pe</i></b></p>
<div style="text-align: center;"><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/hPmS93d0BWA" width="560"></iframe></div>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4246195741328325403.post-73131981071680419712020-10-23T05:31:00.001-07:002020-10-23T05:31:16.920-07:00Morre Raimundo Aniceto, o eterno mestre da banda cabaçal...<p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6d-IDVF88QWLLvjIx8UrkKy31I_76oBoXwhW0SWRigqVeZGq4ZouCSt6jibA2Ek03lMrP3jnAudpPB9f9ZWKs3OGPHlAt0DlgwIgcbPDG7an0_CXzXAn7YjN46hmH25_3s8dmuQngoq4/s1500/AAGON3ZDXNFFFCBTQHNMRCLHFI.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1000" data-original-width="1500" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6d-IDVF88QWLLvjIx8UrkKy31I_76oBoXwhW0SWRigqVeZGq4ZouCSt6jibA2Ek03lMrP3jnAudpPB9f9ZWKs3OGPHlAt0DlgwIgcbPDG7an0_CXzXAn7YjN46hmH25_3s8dmuQngoq4/w400-h266/AAGON3ZDXNFFFCBTQHNMRCLHFI.jpg" width="400" /></a></div><b><div style="text-align: center;"><b><i>Mestre Raimundo Aniceto.</i></b></div></b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><i>Publicado originalmente no site do jornal EL PAÍS BRASIL, em
16 de outubro de 2020 <o:p></o:p></i></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><i>Morre Raimundo Aniceto, o eterno mestre da banda cabaçal e
força motriz da cultura popular<o:p></o:p></i></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><i>O mais velho integrante do grupo Irmãos Aniceto dedicou mais
de 80 anos à cultura popular e transformou sua própria casa em museu para
preservar a arte de várias gerações de sua família<o:p></o:p></i></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><i>Por Beatriz Jucá <o:p></o:p></i></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><i>Calou-se o pífano de Raimundo Aniceto. Morreu nesta
quinta-feira o mais antigo dos integrantes da banda cabaçal Irmãos Aniceto.
Enérgico mestre da cultura popular brasileira, Raimundo exaltava a
ancestralidade do Cariri cearense e a magia do sertão na sonoridade do seu
pífano e na dança. Vem de uma família que dança e toca há mais de 200 anos,
inspirada na observação da natureza e na sonoridade transmitida de pai para
filhos pelo ouvido. Raimundo era o último vivo de sua geração do grupo e já
dedicava 80 de seus 86 anos à arte popular. Durante décadas, viajou pelo Brasil
e pelo exterior para mostrar a força cultural dos seus. Mas nunca se afastou do
seu rincão, o Crato.<o:p></o:p></i></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><i>Não se deslumbrou nem mesmo com a Europa, onde fez uma turnê
em 2004. “Tudo lá é muito bonito, mas eu prefiro o bairro Batateira, onde a
gente mora”, disse em uma entrevista ao jornal Diário do Nordeste, quando
retornou da viagem. Surpreendeu-se, sim, com “o mundo de gente” que se juntou a
cada apresentação feita em praças portuguesas e espanholas. Nos últimos anos,
Raimundo aceitou o convite do Sesc-Ceará para transformar a própria casa onde
morava em um museu aberto. Com muita generosidade, converteu seu lar em uma
rica ponte para a magia cultural do sertão. O motivo? “Meu pai me ensinou como
era a cultura. A cultura é coisa séria. É onde está nossa vida”, dizia.</i></b></p><p class="MsoNormal"><b><i><o:p></o:p></i></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><i>Fotografias de apresentações dele e dos irmãos lotaram as
paredes. Geladeira, fogão e cadeiras passaram a dividir o espaço dos cômodos
com dezenas de objetos históricos do grupo formado ainda no século XIX ― todos
os integrantes descendentes do índio Kariri José Lourenço da Silva (o Aniceto)
e de Maria da Conceição. A história está colada em placas espalhadas na sala e
no corredor: os meninos (seis filhos) passaram a ser chamados de Aniceto pelo
apelido do pai. Ainda criança, começaram a produzir instrumentos musicais
feitos de cabaça e taboca ― o alicerce da banda cabaçal.</i></b></p><p class="MsoNormal"><b><i><o:p></o:p></i></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><i>O tradicional pífano de Raimundo Aniceto está acomodado
sobre pregos cravados nas paredes, ao lado das coloridas vestimentas dos
brincantes. Mas nunca ficou ali esquecido pelo mestre como mero adorno. Nem
mesmo quando o AVC que sofreu há pouco mais de quatro anos lhe roubou a
capacidade de falar palavra e parte da força da mão direita. Quando estive em
sua casa-museu em agosto de 2019, Raimundo tentava conversar em um idioma
próprio, já que sua dicção estava muito prejudicava pela doença. Cabia à sua
esposa tentar traduzi-lo, e ele se irritava quando ninguém entendia o que
queria dizer. A melhor coisa no mundo que achava era receber visita e
encontrava um jeito de se comunicar ― se não era possível fazê-lo pelo verbo, o
fazia pela força cultural que carregava em si.</i></b></p><p class="MsoNormal"><b><i><o:p></o:p></i></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><i>A sala então virou espetáculo para uma plateia de três
pessoas, onde ele dançava e brincava sua cultura popular, na época aos 85 anos.
Pegava o pífano e tirava dele ainda algum som, mesmo com a falta de força nas
mãos e no sopro. Sem pronunciar qualquer palavra, tentava ensinar aos
visitantes a sua arte. Esta foi uma tarefa que assumiu durante toda a sua vida:
disseminar e ensinar sua cultura para que ela siga viva mesmo quando seus
parentes deixam este mundo. “Meu pai faleceu aos 104 anos e deixou essa banda.
Seis filhos, que são tudo tocador e artista. Hoje a banda está repleta de
sobrinho, filho já dos meninos que morreram”, contou Raimundo em uma entrevista
ao músico Antônio Nóbrega, há alguns anos. “A gente quer continuar como meu pai
deixou. É se acabando um, e nós botando outro pra não se acabar a tradição”.</i></b></p><p class="MsoNormal"><b><i><o:p></o:p></i></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><i>Raimundo Aniceto já não poderá agarrar aquele pífano (ou
pifo) da parede. Com problemas cardíacos, ficou doente há duas semanas. Nos
cinco últimos dias, esteve internado em um hospital, onde um teste confirmou
também infecção por covid-19. Faleceu aos 86 anos, nesta quinta-feira. Mas a
história da banda cabaçal criada pelo seu avô ao pé da chapada do Araripe, lá
no Crato, deve continuar a ecoar. “Ele deixa um legado grande, fica tudo. Foi
um grande homem, um grande pai e será sempre lembrado pela família e na cena
cultural popular”, diz a filha, Socorro. O grupo Irmãos Aniceto agora segue com
seus sobrinhos na dianteira. Não há como pegar uma zabumba feita com timbaúba e
couro de bode, uma tarefa geralmente executada por Raimundo lá nos fundos de
sua casa, sem lembrar do grande mestre. Sua casa-museu também seguirá aberta ao
público. Como ele mesmo explicava: "A gente não quer deixar essa raiz se
acabar mais nunca. Só se o mundo se acabar de uma vez só. Isso é uma alegria do
nosso Brasil”.</i></b></p><p class="MsoNormal"><b><i><o:p></o:p></i></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><i>Texto, vídeo e imagem reproduzidos do site: brasil.elpais.com e youtube.com<o:p></o:p></i></b></p><p>
</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/YcSSKJqON8o" width="560"></iframe></div>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4246195741328325403.post-76931033973204843472018-09-20T07:47:00.000-07:002018-09-20T07:48:11.351-07:00Literatura de Cordel e Acervo Arthur Bispo do Rosário...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIL-1UX00ro0-FFCzkOtaTwKMVwtpCx-P_YX_ni8TBTMOz4IEP3b-W8dAuRGm8a5IhoS5KCDvtWgEmcQwh57xqN9-3ZS8EjO2vdYgfC7XxwX_GrgWOjWeBod658vZdNmtH3iOJDJShr0w/s1600/cordel_2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="602" data-original-width="900" height="267" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIL-1UX00ro0-FFCzkOtaTwKMVwtpCx-P_YX_ni8TBTMOz4IEP3b-W8dAuRGm8a5IhoS5KCDvtWgEmcQwh57xqN9-3ZS8EjO2vdYgfC7XxwX_GrgWOjWeBod658vZdNmtH3iOJDJShr0w/s400/cordel_2.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<b style="text-align: justify;"><i>Publicado originalmente no site Cultura, em 19 de setembro de 2018</i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Literatura de Cordel e Acervo Arthur Bispo do Rosário são
patrimônios culturais do Brasil<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>O Brasil ganhou, nesta quarta-feira (19), dois novos
patrimônios culturais. Em reunião no Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, o
Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural aprovou o registro da literatura de
cordel como patrimônio imaterial e o tombamento do Acervo Arthur Bispo do
Rosário como patrimônio material. Nesta quinta-feira (20/9), quatro outros bens
serão avaliados: Procissão do Senhor dos Passos, em Florianópolis (SC), Sistema
Agrícola Tradicional das Comunidades Quilombolas do Vale do Ribeira (SP) e os
terreiros de candomblé Ilê Obá Ogunté Sítio Pai Adão, em Recife (PE), e Tumba
Junsara, em Salvador (BA).</i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>"Sou suspeito para falar do cordel. Minha bisavó,
nascida no Crato (CE), me fez na infância e adolescência um leitor voraz de
cordel. Contribuiu muito para a minha formação, para as minhas referências,
para ser quem eu sou", destacou o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão.
"Tenho respeito e admiração pelo trabalho heroico feito pela Academia
Brasileira de Literatura de Cordel para manter o gênero vivo, para que ele
fosse reconhecido como importante gênero literário, de grande relevância e
significado. Considero absolutamente adequado e justo o reconhecimento da
literatura de cordel como patrimônio cultural brasileiro e espero que mais
brasileiros tenham acesso a ela", acrescentou.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>"O cordel é uma manifestação cultural que se tornou
filha genuína da inteligência artística brasileira", afirmou o presidente
da Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC), Gonçalo Ferreira.
"O registro é a consequência natural desta importância que o gênero tem
para o nosso país", observou.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>O fundador da Associação dos Escritores, Trovadores e
Folheteiros do Estado do Ceará (Aestrofe), Klévisson Viana, comemorou o
registro da literatura de cordel como patrimônio imaterial brasileiro.
"Esse reconhecimento é de extrema importância. O Brasil tem uma das
literaturas populares mais ricas do planeta, tanto em quantidade como em
qualidade", destaca.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>"O cordel é uma tradição viva que se renova o tempo
todo, que procura dialogar com cada período histórico. Hoje, são raros os
cordelistas que não têm uma página na internet para divulgar o seu
trabalho", completa Viana, que é autor de mais de 200 folhetos de cordel e
de 38 livros, um deles – O Guarani em Cordel – vencedor do Prêmio Jabuti em
2015.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Apesar de ter começado no Norte e no Nordeste do país, o
cordel hoje é disseminado por todo o Brasil, principalmente por causa do
processo de migração de populações. Em todo o país, é possível encontrar esta
expressão cultural, que revela o imaginário coletivo, a memória social e o
ponto de vista dos poetas sobre acontecimentos vividos ou imaginados.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>A Literatura de Cordel no Brasil é o resultado de uma série
de práticas culturais em que os cantos e os contos constituem as matrizes para
uma série de formas de expressão. Na formação da cultura brasileira, da qual a
literatura de cordel faz parte, tanto indígenas quanto africanos e portugueses
adicionaram práticas de transmissão oral de suas cosmologias, de seus contos e
de suas canções.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Arthur Bispo do Rosário<span style="mso-spacerun: yes;">
</span><o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioj4T38HeROFh9T7GcxpxHiImkPxOsPGtmt-ukPcqHTgyklJvgqtOLLr85adCIlj-rcF6DxYLkMQmEI5FHFyaGl7KWbW98T_5s3FWoYJnAgE2_W5FMFrYsmCpqPcpVQtokOk2uJM3r8cE/s1600/camaromeuejulieta_Ros%25C3%25A1rio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><b><i><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="1215" height="131" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioj4T38HeROFh9T7GcxpxHiImkPxOsPGtmt-ukPcqHTgyklJvgqtOLLr85adCIlj-rcF6DxYLkMQmEI5FHFyaGl7KWbW98T_5s3FWoYJnAgE2_W5FMFrYsmCpqPcpVQtokOk2uJM3r8cE/s400/camaromeuejulieta_Ros%25C3%25A1rio.jpg" width="400" /></i></b></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-spacerun: yes;"><b><i><br /></i></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Com uma vida repleta de mistérios, o artista sergipano
Arthur Bispo do Rosário ganhou destaque no universo da arte contemporânea sem
querer. Seguindo as vozes que o ordenavam a reconstruir o mundo, deu início a
suas obras, produzidas sem o propósito de serem consideradas culturais e que
geraram debates sobre os limites entre a arte e a loucura.</i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>A coleção principal é formada por 805 peças, entre elas
estandartes, indumentárias, vitrines, fichários, móveis, objetos (recobertos
com fio azul ou não) e vagões de espera. O acervo é composto por peças
elaboradas em diversos materiais, como vidro, madeira, plástico, tecidos,
linhas, botões, gesso, e diversos itens recolhidos do lixo e da sucata.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Sobre o Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural é o órgão
colegiado de decisão máxima do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (Iphan), instituição vinculada ao Ministério da Cultura (MinC), para
as questões relativas ao patrimônio material e imaterial.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>São 26 conselheiros que representam os ministérios da
Educação, das Cidades, do Turismo e do Meio Ambiente, o Instituto Brasileiro
dos Museus (Ibram), o Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (Icomos), o
Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), a Sociedade de Arqueologia Brasileira
(SAB), a Associação Brasileira de Antropologia (ABA) e mais 13 representantes
da sociedade civil, com especial conhecimento nos campos de atuação do Iphan.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Assessoria de Comunicação Ministério da Cultura</i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Com informações do Iphan<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Texto e imagens reproduzidos do site: cultura.gov.br</i></b></div>
ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4246195741328325403.post-81764738054509002132018-07-04T11:18:00.000-07:002018-07-04T11:21:19.124-07:00Jozailto Lima entrevista Thiago Paulino<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFo_0ZUYJ4C6k3cr1JAnl7TZuEklFA8q5h2KXjkdY-hDYhCMyzQ7RX68mEQ3wZNQ30xqjCMtamofkKUVXzv8tHmRSBd9MK2Euax6z0FFacTaScletRy5YjWfS6k8dKGeLibi7Zi1dJavw/s1600/cover_image_b3e74d982b77d68a.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1056" data-original-width="1600" height="263" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFo_0ZUYJ4C6k3cr1JAnl7TZuEklFA8q5h2KXjkdY-hDYhCMyzQ7RX68mEQ3wZNQ30xqjCMtamofkKUVXzv8tHmRSBd9MK2Euax6z0FFacTaScletRy5YjWfS6k8dKGeLibi7Zi1dJavw/s400/cover_image_b3e74d982b77d68a.JPG" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaWlqA-0GQffV8kb76gaodYLBqo4v8xVMeJa9F__vFKN18stL-vo0vh6AFvzNAFeIwPZsSeJ0COEGdlQ02b1ZRsJ5bOPZy1QJfnIEpvDudFm4vds0orZ5256WSiO-o2m5TmNRwLXLEV44/s1600/73d6049f08ddad9a.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1220" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaWlqA-0GQffV8kb76gaodYLBqo4v8xVMeJa9F__vFKN18stL-vo0vh6AFvzNAFeIwPZsSeJ0COEGdlQ02b1ZRsJ5bOPZy1QJfnIEpvDudFm4vds0orZ5256WSiO-o2m5TmNRwLXLEV44/s640/73d6049f08ddad9a.jpg" width="488" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<b style="text-align: justify;"><i>Publicado originalmente no site JL Política, em 30 de Junho de 2018</i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><span style="color: red;">Thiago Paulino: “O clichê do pão e circo devora o cultural
que vem de junho”</span></i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>“Precisamos repensar o que há de tradição e cultura nas
festas juninas”<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Dele, nenhum nordestino escapa. Deu maio, e as brisas dos
festejos do mês de junho bafejam de um por um os quase 60 milhões de
brasileiros que habitam a região Nordeste, da Bahia ao Maranhão. Pouco importa
a sua crença ou credo.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Junho é junho, e se afigura forte e bem personalizado em
comidas, roupas, músicas típicas, fé e fogos. Neste sábado, 30, a fumaça quase
sacra do último junho deu seu adeus. Mas daqui a 11 meses tudo se repetirá -
com as chuvas de inverno, a colheita do milho, os fogos e as louvações aos três
santos da hora - Antonio, 13, João, 24, e Pedro, 29.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>No centro de todo essa importância, impactando ou impactadas
fortemente, estão as tradições e a cultura da região, que junho tão bem
sacramenta e sacraliza numa série de atitudes que que tem na música algo meio
que de síntese.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>E nasce daí o maior debate sobre junho: o poeirão que o
poder público faz estrondosamente levantar em eventos como os de Campina
Grande, na Paraíba, em Caruaru, Pernambuco, em Aracaju, Sergipe exalta e
respeita as tradições e a cultura junina, ou é apenas pirotecnia de mercado e
de consumo? Uma mercantilização?<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>O jornalista sergipano Thiago Paulino da Silva, 38 anos,
bacharel em Comunicação Social pela Universidade Católica de Pernambuco, mestre
em Mídia e Cultura pela UFPE e recém-doutorado em Sociologia pela Universidade
Federal de Sergipe, debruçou-se por quatro anos sobre uma pesquisa nesta
esfera, sai de lá com um livro chamado “Palco de disputas e disputas pelo palco
no país do forró” e tem visões pouco positivas sobre tudo isso, apesar de
louvar o histórico da festa.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Para Thiago Paulino da Silva, há tempos a lógica do mercado,
da mercantilização, assaltou a da cultura e a da tradição e impôs palcos
diferenciados e divergentes ao ciclo junino. Seu livro “Palco de disputas e
disputas pelo palco no país do forró”, que é síntese da sua tese, vai
(de)anunciar isso.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Na sua visão, a pauta das grandes festas públicas segue mais
a linha do consumo da indústria cultural e bem menos a da tradição?,
questiona-lhe uma das perguntas desta entrevista do JLPolítica. “Isso é notório
e gritante”, responde Thiago Paulino, sem radicalismos.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>“Essa tendência de deixar a lógica de mercado dominar os
espaços de circulação da música é perigoso e, para a prática da boa cidadania,
é essencial que atuemos politicamente nisso. Porque o palco não é somente
diversão. É diversão também, mas é essencialmente formação de público”, diz
ele.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Esta prática, fundamenta Thiago Paulino, depõe muitíssimo
contra a sobrevivência da “cultura autêntica” em face de contratos que visam
contemplar o cantor ou a banda que tenha mais apelo de massas. “Com certeza ela
perde espaço e isso já vem se dando há um bom tempo”, reforça.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Para Thiago, mais justo e pertinente seria que a definição
do mix das grandes festas públicas, que são montadas com o dinheiro do público,
se desse numa discussão mais democrática e mais inclusiva dos artistas mais
autênticos e que têm dificuldades de acessar os grandes palcos e as suas
benesses – que vão do peso dos cachês à imponência da tecnologia.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>“Porque todo artista precisa que sua música seja executada,
mas não no começo ou no final de um evento, e com um cachê bem mais baixo. Isso
é uma prática extremamente desumana. E ele não pode reivindicar, porque senão é
cortado da programação. Mas o que é que está por trás disso? É a concepção
desse palco de que falo: se for para alavancar a popularidade do prefeito ou do
governador, segue-se essa lógica”, analisa.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>“Isso é um ciclo vicioso que vai dar no clichê do pão e
circo. Isso não só esvazia o cultural, como aproveita das palavras tradição e
cultura, mesmo que de cultura nada haja. Vem daí que em Caruaru, Campina Grande
e em Aracaju usem como slogan São João de Tradição e Cultura. Mas o que é que
tem de tradição e cultura nesses espaços, nessas festas? Precisamos repensar
isso”, denuncia Thiago.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Mas esta Entrevista Domingueira do Portal JLPolítica com
Thiago Paulino da Silva não se prende somente às questões mercantis da grande
festa junina. O entrevistado é instado a abordar outras esferas dela e
conceitua, por exemplo, o peso de Luiz Gonzaga no ciclo junino, na música e na
importância do Nordeste.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>“Em apologia a um cara que vem bem depois, o Chico Science,
que fala da antena fincada na lama do mangue beat, eu diria que Luiz Gonzaga
foi a grande antena que não só se articulou muito com pessoas que captavam essa
alma e essa essência múltipla nordestinas, como cantou muito bem isso tudo.
Porque ele mesmo era um ótimo melodista. E aí conseguiu fazer com que essa
música reverberasse para o Brasil todo”, diz.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Sem preocupações populistas, Thiago Paulino da Silva faz a
iconoclasta defesa de que é perigosa a análise cultural que endeuse ou
sacralize demais a figura de Gonzaga. “Admito até que é muito importante
reconhecer quem é Luiz Gonzaga para o ciclo junino, mas entendo que endeusá-lo
ou sacralizá-lo gera prejuízos para o cenário cultural. Circular muito em torno
de Luiz Gonzaga pode impedir que se enxerguem outras forças que surgem”, diz
ele.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Thiago Paulino da Silva é uma voz nova no universo da
Sociologia. Mas vem de uma cepa antiga, e boa: é filho do professor José
Paulino da Silva, um inquestionável educador sergipano-pernambucano, um doutor
que emprestou sua expertise em pesquisas populares à Universidade Federal de
Sergipe, da qual chegou a ser vice-reitor. Hoje é aposentado dela.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><span style="color: red;">DAS VÁRIAS CAMADAS DE PERCEPÇÃO E DE INTERAÇÃO</span><o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><span style="color: blue;">“Quando a gente pensa na festa junina, constata-se que nela
tem várias camadas de percepção e várias de interação com ela. É difícil medir
quantas pessoas sabem os reais significado e sentido do que há por trás dela.
Mas há um imaginário muito forte no corpo da festa”<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><span style="color: blue;">Recém-doutorado em Sociologia, Thiago Paulino estará pondo o
pé na vida acadêmica ainda este ano.<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><span style="color: blue;">Ele está aprovado como professor assistente da UFS. Em
comunicação social, teve passagens pelo Jornal do Commércio, em Pernambuco,
pelo Cinform e pela TV Aparipê, em Aracaju.<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><span style="color: blue;">Na esfera cinematográfica, por onde transita bem, foi
assistente de direção e entrevistador dos documentários “Aboio e Toada” e
“Herdeiros do Forró”, ambos do belga Damien Chemin. Thiago é casado como a
bacharel em Direito Lavínia de Vasconcellos Góes, uma funcionária pública, com
quem tem um casal de filhos - Heitor Góes Paulino, 5, e Helena Góes Paulino, 2.
<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><span style="color: blue;">Thiago Paulino da Silva é o entrevistado de número 74 da
série de entrevistas do Portal JLPolítica. Vale conferir o que ele tem a dizer
sobre as questões de junho e suas complexidades. Boa leitura. </span><o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><span style="color: red;">DO ASSAR DOS MILHO ÀS PROCISSÕES E NOVENAS</span><o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>“Os festejos em família, os comunitários, são um bom
exemplo. Aquele de se estar à beira de uma fogueira, assando um milho. Há
sentido em alguns campos religiosos também, nas procissões e novenas”<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>JLPolítica - Thiago, junho acabou de ir embora, deixando no
ar a fumaça das grandes festas que se dão em nome dos três santos e da colheita
de inverno, tendo o milho por ponto de partida. O brasileiro, o nordestino e o
sergipano sabem o que festejam neste ciclo, ou a festa se deslocou de seu eixo
e perdeu a essência de suas raízes?<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Thiago Paulo da Silva - Quando a gente para pra pensar na
festa junina mesmo, constata-se que nela tem várias camadas de percepção e
várias outras camadas de interação com ela. Empiricamente, então, é difícil você
medir assim quantas pessoas sabem os reais significado e sentido do que há por
trás dela. Mas uma coisa é certa: há um imaginário muito forte no corpo dessa
festa, como se fosse um amálgama que a ajuda a sobreviver.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>JLPolítica - Quais são esses amálgamas?<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>TPS - Os festejos em família, os comunitários, são um bom
exemplo. Aquele de se estar à beira de uma fogueira, assando um milho. Há
sentido em alguns campos religiosos também, nas procissões e novenas. Talvez
isso não esteja tão forte como tivesse sido em outras épocas da festa. A
musicalidade que ainda reverbera nos migrantes das periferias urbanas é outro
aspecto. A minha convivência que remete ao universo junino, por exemplo, não é
a mesma convivência que meu pai, o professor José Paulino da Silva, 73 anos,
teve lá no povoado pernambucano em que ele nasceu. Eu cresci num ambiente
urbano e litorâneo, que é esse aqui da 13 de Julho, em Aracaju, um bairro de
pescadores. Mas, de certa forma, eu tive uma conexão com junho e suas
representações pelas lendas e pelas histórias que escutava em casa. E essa
conexão junina vibra de alguma forma dentro de mim.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>JLPolítica – Esse seria um aspecto que faz junho continuar
vivo enquanto significado festivo?<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>TPS - Sim, ele continua vivo. Vivíssimo. Mas há diversos
outros sentidos que se empregaram para esta festa. Há o de puramente diversão e
entretenimento. Até certo ponto, isso provoca essa anulação da percepção de que
haja três santos sendo reverenciados por esse período. Mesmo porque hoje há uma
diversidade e um campo de afirmação religiosa muito forte e o entretenimento o
abraça, por um questão até comercial, de público consumidor, e quer levar isso
adiante. Mas há bons sentidos por trás quando uma pessoa, na frente de um
palco, recebe recados de um povo migrante de algo que lhe toca a alma. E ali
ele contata com uma música que lhe faz, sim, sentido.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><span style="color: red;">UMA MISTURA DE CULTURAS E REGIÕES</span><o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>“Os compositores que mais contribuíram para esse universo
junino juntamente com Luiz Gonzaga, como Humberto Teixeira, Zé Dantas, eram
pessoas do Nordeste, mas que já estavam na vida urbana do Rio de Janeiro lá
pelos anos 40 e 50”<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>JLPolítica - O senhor desconhece que na base musical da
festa existe uma apologia muito forte ao campo, ao mato, a um ideal sertanejo,
a um nordestino mais profundo, de grotões?<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>TPS - Não desconheço, porque com certeza isso existe. A
gente poderia dizer que há uma matriz musical e cultural simbólica das suas
representações, com a qual esta festa estaria extremamente conectada e sobre a
qual foi construída ao longo do seu processo histórico.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>JLPolítica – Essa matriz se move?<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>TPS - Naturalmente, essa matriz, por ser construída, não é
uma coisa estática. Ela é dinâmica, e também sofre interferências políticas e
de interesses os mais diversos possíveis, como os urbanos. Os compositores que
mais contribuíram para esse universo junino juntamente com Luiz Gonzaga, como
Humberto Teixeira, Zé Dantas, e tantos outros, eram pessoas do Nordeste, mas
que já estavam na vida urbana do Rio de Janeiro lá pelos anos 40 e 50, mas que
remetiam às suas memórias de infância, que se deram no sertão.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>JLPolítica - É justo afirmar que cada vez que alguém
confronta tradição com modernidade dos festejos juninos está sendo passadista,
conservador, e condenando a evolução nos ritmos, nas quadrilhas, nas vestes e
nas comidas?<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>TPS - Na verdade, pensar numa festa estanque é extremamente
injusto e cruel. Isso é um estigma criado por certas pessoas para não se
promover um debate de fato do que são as tradições. Eu diria que tradições são
invenções humanas. Eric Hobsbawm foi um autor que defendeu essa ideia e com ela
eu compactuo. Agora, quando se começa criticar os que percebem que há um
esvaziamento de sentido na festa, quando isso entra em debate, as pessoas
responsáveis são tratadas de conservadoras, radicais e outros estigmas. Mas não
o são. Portanto, não é justo, porque a tradição deve ser vista, também, como
algo novo. É preciso perceber que a tradição carrega memórias e afetividades,
mas que ela também se reinventa. Não deixa de haver saudosistas e conservadores
que querem sacralizar e engessar a tradição, e isso acaba embotando o bom
debate.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><span style="color: red;">EVOLUÇÃO, MAS COM RESPEITO AO AFETIVO DAS TRADIÇÕES</span><o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>“Pensar numa festa estanque é extremamente injusto e cruel.
Tradições são invenções humanas. É preciso perceber que a tradição carrega
memórias e afetividades, mas que ela também se reinventa”<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>JLPolítica – Qual seria o caminho ideal? É o que respeite o
passado, mas que potencialize o futuro?<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>TPS - Eu acho que nesse campo é muito difícil apontar um
caminho ideal. É muito complicado. Mas percebe-se que é vital para a memória
afetiva de um povo que suas tradições, seus costumes e modos de vivências sejam
respeitados. Isso tem um poder social muito grande. Veja o peso que é para um
adolescente que vai a primeira vez a uma festa de forró. O rito de passagem a
que ele é submetido é fantástico. Agora, é evidente que o jovem ou adolescente
que escuta e curte a música junina hoje não é o mesmo para quem Humberto
Teixeira compôs e Luiz Gonzaga gravou.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>JLPolítica - Mas é justo que o adolescente de hoje tenha por
Wesley Safadão um endeusamento e nutra uma anulação por Luiz Gonzaga?<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>TPS – Não. Claro que não. Não é justo, e é amplamente
prejudicial para essa geração que isso ocorra, porque em Luiz Gonzaga e os da
mesma linha dele há um riquíssimo arcabouço musical que não circularia se isso
de fato ocorresse. O grande calo desses grandes palcos públicos e dessas outras
questões envolvendo o ciclo de junho é o da disputa nesse cenário. Veja:
tivemos agora em junho mais um Fórum do Forró, que falou sobre o coco de roda.
Ele é um belo ritmo do ciclo junino também, de uma imensa riqueza. Mas se as
pessoas não conseguem escutar e reconhecer nem o forró tradicional, imagine o
coco e outras manifestações riquíssimas que existem neste universo. Mas quero
deixar patente que a culpa não é do forró e nem do coco.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>JLPolítica - No ciclo junino, quem mais sofre alteração ano
a ano entre música, vestimenta e alimentação? Quem é mais passivo de mudanças?<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>TPS - Desses três setores, o que estudei foi o da música. E
eu sei dos prejuízos que a música sofre. Para a música, é vital a experiência
da circulação no ciclo junino para a sobrevivência dela. Ela e o artista
responsável por sua existência precisam ser escutados e dançados. Para o
artista, vem da música uma forma de renda que lhe dê segurança, e você percebe
que existe até uma certa ação e tendência de artistas do ciclo de quebrar essa
sazonalidade. Mas eu não sei quantificar até que ponto essa estrutura comercial
prejudica a comida típica e a vestimenta. Na verdade, uma dada música desse
ciclo sofre por não ter espaço para circulação.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><span style="color: red;">O PESO DO SÃO JOÃO X CARNAVAL</span><o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>“A mercantilização está presente tanto no Carnaval quanto no
São João. Mas talvez os festejos juninos toquem mais a alma do sertanejo, do
povo do interior. Vejo o carnaval mais como um peso urbano, mais do operário”<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>JLPolítica – É possível mesclar e preservar? <o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>TPS – Eu diria que há saídas criativas. Eu vi agora em
Aracaju, por exemplo, um show da Luci Alves, muito interessante. Porque, ao
mesmo tempo que ela executou um bloco de músicas com som de violino, que
parecia rabeca, cativando o público com vários cocos, vários clássicos do
cancioneiro popular de época que algumas pessoas não conheciam, mas que Elomar
e Xangai já cantaram, ela também trouxe um ciclo de músicas extremamente
voltadas para um gosto mais contemporâneo e dançante, como o funk. Veja que em
Salvador os forrozeiros se uniram e criaram a Lei da Zambumba, que reivindica
uma cota para que os artistas locais pudessem tocar. O Chico César já lidou com
isso, por entender que esse espaço de circulação da música é vital.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>JLPolítica - Mas é democrático fechar por lei caminhos a
outras experimentações musicais?<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>TPS – Não acho que esse seja o melhor caminho. Eu defendo
que se compreenda qual tipo de proposta se pretende para um evento público da
magnitude dos que se passam em junho.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>JLPolítica - Dá para fazer um paralelo de importância e peso
entre o São João e o Carnaval para o Nordeste mais profundo, aquele do
interior, tirando Salvador e Recife?<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>TPS - Acho que em termos de alegrias e espontaneidades, eles
têm um paralelo. Mas creio que cabe um paralelo também do São João com o Natal,
porque tem em ambos um sentido religioso, e que se impregna de um renascimento.
Mas o elemento mercantilização está presente tanto no Carnaval quanto no São
João. Mas talvez os festejos juninos toquem mais a alma do sertanejo, do povo
do interior. O carnaval eu vejo mais como um peso urbano, mais do operário. O
Carnaval é uma ocorrência que se dá muito em polos que acarretam massas para
dançar.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><span style="color: red;">O QUE É A MÚSICA JUNINA?</span><o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>“É uma música está dentro desse universo, que resgata essa
matriz cultural simbólica. Que de fato vibra na alma do povo nordestino, do
cara que usa música para a alegria da colheita, mas também do que está na
periferia de São Paulo”<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>JLPolítica - Luiz Gonzaga é consequência do São João ou o
São João é consequência Luiz Gonzaga?<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>TPS - Acho que são duas “entidades” extremamente imbricadas,
embora entenda que o São João é anterior a Luiz Gonzaga. Eu diria que Luiz
Gonzaga foi um grande sucesso de mercado e por ter sido ele que conseguiu
ampliar as fronteiras do que é o Nordeste para o Brasil. Há o depoimento no meu
livro de um pessoal do extremo Sul do Brasil revelando que numa coloniazinha
alemã botava-se os LPs de Luiz Gonzaga para fazer os bailes. Essa força vem uma
conjunção de fatores: da genialidade do cara, mas também de uma indústria
fonográfica forte e de um projeto político e desenvolvimentista de Estado que
abraçou de uma certa forma o ideal dessa música. Convém ressaltar, também, que
o Nordeste nunca deixou de ter seu peso cultural. Seria mais rico e seguro
dizer que nós temos identidades no Nordeste - no plural.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>JLPolítica – Dá para pensar o ciclo de junho sem uma música
chamada junina?<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>TPS – Creio que não. A música junina é a essência desse
ciclo. Ela é a grande trilha sonora dessa festa e, ao mesmo tempo, é universal.
De modo que não dá para pensar o São João sem essa música. Creio que a música é
que constrói o sentido dessa festa.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>JLPolítica - O que é especificamente uma música junina?<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>TPS – Acho que é uma música está dentro desse universo, que
resgata essa matriz cultural simbólica. Uma música que de fato vibra na alma do
povo nordestino, do cara que usa música para a alegria da colheita, mas também
do camarada que está na periferia de São Paulo e do fazendeiro que a escuta n a
sua lida. Acho que ela toca a alma desse universo. Veja que um dos conceitos
interessantes de forró vem de Jacinto Silva: ele diz que o forró ressalta a
simplicidade das coisas do chão. E a força dessa musicalidade - o xaxado, o
xote, o baião -, sinaliza a diversidade do que chamamos de música junina. E é
preciso destacar que cada ritmo traz em si um sentido: o xaxado está ligado ao
ciclo do cangaço, ao modo apressado de xaxar a plantação. E tudo isso se
conecta com o povo e faz este caldeirão ser tão rico.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><span style="color: red;">LUIZ GONZAGA NO CONTEXTO DA FESTA JUNINA</span><o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>“Ele estava bem situado numa época histórica e se fez a
pessoa certa para isso. Não se pode tirar a autonomia e a genialidade dele.
Gonzaga representa toda uma musicalidade que ele escutava na infância”<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>JLPolítica – Mas qual é, particularmente, a importância de
Luiz Gonzaga neste contexto?<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>TPS - Em apologia a um cara que vem bem depois, o Chico
Science, que fala da antena fincada na lama do mangue beat, eu diria que Luiz
Gonzaga foi a grande antena que não só se articulou muito com pessoas que
captavam essa alma e essa essência múltipla nordestinas, como cantou muito bem
isso tudo. Porque ele mesmo era um ótimo melodista. E aí conseguiu fazer com
que essa música reverberasse para o Brasil todo. Digamos que Luiz Gonzaga
estava talvez bem situado numa época histórica e se fez a pessoa certa para
isso. Não se pode tirar a autonomia e a genialidade dele. Mas Gonzaga não é
Luiz Gonzaga somente, ou sozinho. Ele representa toda uma musicalidade que ele
escutava na infância, daquele vendedor de cavacos, que passou tocando um
triângulo e ele montou o trio pé de serra incorporando isso. Na verdade,
devemos admitir que Gonzaga foi um grande inventor - e nisso se insere a
invenção do trio pé de serra. A gente pensa que isso vem de uma ancestralidade
secular - mas vem dele, e ao mesmo tempo não deixa de ter essa ancestralidade
da música negra.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>JLPolítica – O senhor acha que se ele fosse vivo e estivesse
em condições de palco e de show teria que tipo de acolhida de povo e de
promotores de eventos juninos?<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>TPS – Talvez ele caísse no mesmo jogo, infelizmente, de
ícones dessa música que ainda estão na ativa, como Alcymar Monteiro, Flávio
José e até o próprio Dominguinhos, falecido recentemente. Isso equivale a dizer
um espaço garantido, mas talvez não um em que não tocasse tanto quanto deveria
tocar. Apesar disso, eu acredito que Luiz Gonzaga permanece e que se estivesse
vivo e em condições de palco e de show, como alude a pergunta, talvez
permanecesse até menos. Talvez não tivéssemos essa figura de um mito. Admito
até que é muito importante reconhecer quem é Luiz Gonzaga para o ciclo junino,
mas entendo que endeusá-lo ou sacralizá-lo gera prejuízos para o cenário
cultural. Esse tema foi inclusive levantado pelo cantor e compositor Silvério
Pessoa no Fórum do Forró deste ano. Circular muito em torno de Luiz Gonzaga
pode impedir que se enxerguem outras forças que surgem.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>JLPolítica - O senhor debruçou-se durante quatro anos sobre
uma tese de doutorado nesta esfera de junho e vem com um livro chamado “Palco
de disputas e disputas pelo palco no país do forró”. Qual é a síntese da sua
pesquisa?<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>TPS - É a de que existem dois tipos de palcos. Um, que é a
própria programação dos festejos juninos – espaço físico, horário, tempo -, no
qual se precisa subir para que a música circule. E o forrozeiro tradicional sofre
para acessar este tipo de palco. Ele tem de atravessar uma série de disputas,
inclusive políticas e econômicas, para fazer com que a sua música circule. E
existe um outro palco e um cenário de disputa mais amplo, que seria o histórico
e social, no qual você tem de enfrentar forças macroeconômicas que regem e
empurram as coisas para privilegiar certos gêneros em detrimentos de outros. Um
Forrócaju está dentro de um sistema de espetáculos e megashows que surge lá
pelos anos 90 e que traz uma nova concepção que esvazia o protagonismo do povo
na festa. Para o artista forrozeiro que está acostumado a uma outra dinâmica
social, adentrar um palco desses lhe exige uma série de etapas. Existem
práticas de clientelismos políticos, de privilégios, e de forças que interferem
nos critérios de escolha de um artista para esse palco.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><span style="color: red;">PERIGO DE ENDEUSAR OU SACRALIZAR LUIZ GONZAGA</span><o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>“Admito que é muito importante reconhecer quem é Luiz
Gonzaga para o ciclo junino, mas endeusá-lo ou sacralizá-lo gera prejuízos para
o cenário cultural. Circular muito em torno de Gonzaga pode impedir que se
enxerguem outras forças que surgem”<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>JLPolítica - Na sua visão, a pauta das grandes festas
públicas segue mais a linha do consumo da indústria cultural e bem menos a da
tradição?<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>TPS - Isso é notório e gritante. Em abril foi divulgada a
programação do São João de Campina Grande, na Paraíba, e nela não constava o
nome de Elba Ramalho. Por que? Porque toda a programação dali estava sendo
gerenciada por uma empresa. Houve uma terceirização, algo parecido com o que se
deu aqui em Aracaju na gestão de João Alves Filho, com o Teo Santana assumindo
– e quando uma empresa externa assume, os critérios passam a ser dela. Elba só
teria entrado por causa de uma intervenção política. Essa tendência de deixar a
lógica de mercado dominar os espaços de circulação da música é perigoso e, para
a prática da boa cidadania, é essencial que atuemos politicamente nisso. Porque
o palco não é somente diversão. É diversão também, mas é essencialmente
formação de público.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>JLPolítica - O senhor acha que a “cultura autêntica” - se é
que não há risco nesta afirmação - perde quando o contrato destes artistas de
junho pelo agente público é feito visando o cantor ou banda que tem mais apelo
de massas?<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>TPS – Com certeza ela perde espaço e isso já vem se dando há
um bom tempo. Porque todo artista precisa que sua música seja executada, mas
não no começo ou no final de um evento e com um cachê bem mais baixo. Isso é
uma prática extremamente desumana. E ele não pode reivindicar, porque senão é
cortado da programação. Mas o que é que está por trás disso? É a concepção
desse palco de que falo. Se for para alavancar a popularidade do prefeito ou do
governador, segue-se essa lógica. Claro que existe uma pressão também sobre o
gestor, e ela vem de por onde a música circula nas rádios, e esse gestor cede
naturalmente, porque ele quer que esse palco gere a promoção da sua gestão e da
sua popularidade. Isso é um ciclo vicioso que vai dar no clichê do pão e circo.
Isso não só esvazia o cultural, como aproveita das palavras tradição e cultura,
mesmo que de cultura nada haja. Vem daí que em Caruaru, Campina Grande e em
Aracaju usem como slogan São João de Tradição e Cultura. Mas o que é que tem de
tradição e cultura nesses espaços, nessas festas? Precisamos repensar isso.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>JLPolítica - O senhor considera normal e comum que Governos
de Estados e grandes Prefeituras contratem duplas sertanejas do Centro-Oeste
para animar o ciclo de junho no Nordeste?<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>TPS - Isso na verdade foi o centro da polêmica “Devolva o
meu São João”. Eu não acho que se deva completamente excluir essa tendência,
mas entendo que se deva estabelecer um parâmetro mínimo de espaço para que o
grosso do financiamento público e dos cachês esteja de fato ao lado da economia
e da criatividade local. Dos talentos conectados ao sentido do São João.
Entendo que se desvirtua completamente a festa se se botar somente sertanejos e
DJs.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><span style="color: red;">RISCO DA LÓGICA DE MERCADO DOMINAR JUNHO<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>“Deixar a lógica de mercado dominar os espaços de circulação
da música é perigoso e é essencial que atuemos politicamente nisso. O palco não
é somente diversão. É diversão também, mas é essencialmente formação de público<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>JLPolítica - O senhor acha que o Fórum do Forró, realizado
há tantos anos em Aracaju, produz alguma reflexão prática ou se perdeu em
intrincadas questões acadêmicas?<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>TPS – O Fórum, que foi fundado por Paulo Corrêa, cumpre uma
função muito importante no aspecto cultural. Mas quando ele fez 10 anos, eu
resgatei num texto uma promessa que o prefeito Edvaldo Nogueira tinha feito, de
criar uma Comissão pelo Fórum e que não foi cumprida. Mas esse Fórum tem a
importância de nos fazer conhecer autores e histórias de forró. Eu diria que
cabe ao Fórum esse papel de formação de público. Creio que o legado dele fica.
Agora, ele deveria atentar para questões deliberativas práticas, como a de
aliar as questões de cultura com a prática das es colas, que foi uma sugestão
trazida por Silvério Pessoa. Porque isso infere na formação dos palcos que
debatemos aqui. E os professores presentes saíram com a cabeça mexida por essa
possibilidade. O Fórum poderia pensar, por exemplo, na capacitação dos
forrozeiros para fazer com sua música ganhe a internet e circule bem mais.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>Texto e imagens reproduzidos do site: jlpolitica.com.br/entrevista</i></b></div>
ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4246195741328325403.post-70652641768101201442018-03-21T04:50:00.002-07:002018-03-21T04:54:53.685-07:00Livro traz em cordel biografias de 15 mulheres negras...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmKErqsdHsNmnb-MlkIPJgz0rL3L5p2PBnwIpMRY-9Kf3GxIx7-G_3_npkVQM2D6DRUfjHbiVMQ84nUdDJBim79Rlh7BvFVtoFmzJWcJnhEmifa7sTzrq_dJO-QshXgd1GWcFUeWBACoo/s1600/image_preview.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="226" data-original-width="360" height="250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmKErqsdHsNmnb-MlkIPJgz0rL3L5p2PBnwIpMRY-9Kf3GxIx7-G_3_npkVQM2D6DRUfjHbiVMQ84nUdDJBim79Rlh7BvFVtoFmzJWcJnhEmifa7sTzrq_dJO-QshXgd1GWcFUeWBACoo/s400/image_preview.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<b><i>Jarid Arraes, de 26 anos, rompe com o estereótipo</i></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><i> do produtor de cordéis do Nordeste</i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
<b style="text-align: justify;"><i>Publicado originalmente no site Rede Brasil Atual, em 02/09/2017 </i></b><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Livro traz em cordel biografias de 15 mulheres negras que
fizeram história<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Histórias de Antonieta de Barros, Carolina Maria de Jesus,
Dandara dos Palmares, Laudelina de Campos, Luísa Mahin e outras heroínas negras
brasileiras estão em novo livro da cordelista Jarid Arraes<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Por Nina Fideles, para Revista do Brasil <o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Com a intenção de misturar a tradição do cordel com novos elementos,
a escritora e cordelista Jarid Arraes, 26 anos, rompe com o estereótipo do
produtor de cordéis do Nordeste. Tanto na aparência quanto nos temas que são
tratados pelos folhetos publicados por ela, que já são mais de 60 títulos. Nada
de chapéus de couro ou vestidos de chita, como ela mesma diz, nem de
personagens caricatos ou cômicos para contar histórias. Seus folhetos tratam
questões raciais, de gênero, LGBT, lendas da África e temas para o público
infantil.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Jarid lançou recentemente o livro Heróinas Negras
Brasileiras em 15 cordéis, que reúne 15 biografias, já publicadas em folhetos,
de mulheres como Antonieta de Barros, Carolina Maria de Jesus, Dandara dos
Palmares, Laudelina de Campos, Luísa Mahin e outras que fizeram história no
país. Ainda no formato de folhetos, com encomendas apenas por email, Jarid
vendeu mais de 20 mil cordéis. Nas livrarias, Heroínas já vendeu cerca de 7 mil
exemplares e está na terceira tiragem.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Nascida na cidade de Juazeiro do Norte, na Região
Metropolitana da Cariri, no Ceará, Jarid tem a literatura de cordel no sangue.
O avô, de 81 anos, Abraão Batista, e o pai, com 47, Hamurabi Batista, são
cordelistas e xilogravuristas. Viajam juntos e continuam escrevendo. “Eu cresci
lendo os cordéis deles, especialmente. Sempre que eles publicavam algo novo eu
era a primeira a ler”, conta.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Em 2014, mudou-se pra São Paulo. E passou a tratar temas
como o feminismo nas redes, ganhou a internet e, dois anos depois, se desafiou
a escrever cordel. Protelou este momento por considerar difícil a arte de
escrever daquela forma. Segundo ela, mesmo sendo tratado como uma literatura
inferior, o cordel exige uma técnica que incorpora a métrica, rimas e oração.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Para o futuro pretende lançar mais folhetos de heroínas
negras, algumas delas mais recentes, “pois elas precisam ser reconhecidas
enquanto estão vivas”, acredita. E também uma coleção de cordéis eróticos,
assim como o pai que fez uma série de xilogravuras do Kama Sutra para casais
heterossexuais e gays.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Para Jarid, escrever cordel é uma forma de se conectar com
suas origens, de valorizar uma arte não reconhecida, e de contar histórias que
não puderam ser contadas, mas sempre muito mais que isso. “É uma forma de me
relacionar com a minha cultura sem ser reduzida a ela. Eu gosto de Lady Gaga,
de metal e tenho tatuagens, e gosto de cordel e xilogravura. E falo comendo
plural. E aí? Dá um nó”, brinca. Saiba mais sobre Jarid Arraes nesta
entrevista.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Como foi o seu encontro com o cordel?<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Meu avo e meu pai são cordelistas e xilogravadores. Eu
cresci lendo os cordéis deles, especialmente. Sempre que publicavam eu era a
primeira a ler. E cresci entre cordel também, porque meu avô fundou um centro
de cultura popular lá em Juazeiro do Norte que existe até hoje, que é o Mestre
Noza (Inocêncio Medeiros da Costa, considerado o primeiro artesão da região),
que é uma associação onde se vendem as peças dos artesões e lá também tinha
muito cordel. Eu sempre li muito cordel, mas em sua maioria escrito por homens.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Sempre amei, mas achava que não tinha nenhum talento para
escrever, e vendo o quanto meu pai e avô são bons, nem considerava. Quando
comecei a escrever sobre feminismo e fui colunista da Revista Fórum, comecei a
considerar a escrever para o mundo e pensei no cordel mais como uma forma
também de manter viva a tradição. Se novas gerações não tomarem o cordel ele
vai acabar morrendo. Mas eu não queria fazer o mais do mesmo. Que é um problema
do cordel e também da literatura em geral. <o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Os mesmos temas, os mesmos personagens, as mesmas histórias,
escritos pelas mesmas pessoas. Me incomodava muito também que fosse tão cheio
de machismo, que personagens gays, travestis, negros, mulheres, tivessem sempre
um papel secundário, ou debochado. Ainda mais meu avô que é superconservador,
meu pai um meio termo e eu fui uma revolução total.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Aí foi bom que meu pai deixou de ser um meio termo e meu avô
surpreendentemente recebe muito bem os meus cordéis. Ele sair de uma pessoa que
dizia que feminista e sapatão é a mesma coisa, de uma forma muito pejorativa,
pra ler os meus cordéis e ter orgulho deles é um passo muito grande. Então
minha ideia era essa, de juntar a tradição com o novo. E eu não seria capaz de
escrever alguma coisa que não trouxesse estas questões de alguma forma. Com
protagonistas mulheres no mínimo, mas que se eu fosse escrever algo sobre os
travestis e os gays, que fosse como personagens complexos como qualquer outro e
não com estereótipo e deboche. E todas as outras coisas que escrevo também são
super influenciadas pelo cordel.</i></b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPZa-zb18tWiacMv5dvdPnnw-vEuVGMmomhSNWRIAPAXPn3c_OMhB8oR5Ptw49DpuSh_Ygb20kfLELdXImthAaRbgQQUtyFbW3UWsm_hvbJuzudhB8G1MY8j6AhayMXR0YngHe0Zl-Jyw/s1600/jarid.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="780" height="183" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPZa-zb18tWiacMv5dvdPnnw-vEuVGMmomhSNWRIAPAXPn3c_OMhB8oR5Ptw49DpuSh_Ygb20kfLELdXImthAaRbgQQUtyFbW3UWsm_hvbJuzudhB8G1MY8j6AhayMXR0YngHe0Zl-Jyw/s400/jarid.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i><span style="color: red;">Escrevo em busca disso de me conectar com essa origem que não conheço, e que a maioria das pessoas negras brasileiras não conhece, porque uma das primeiras coisa roubada das pessoas negras que foram sequestradas e traficadas para o Brasil foi a identidade</span></i></b></div>
</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Os cordéis em sua maioria são machistas e misóginos?<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Predominante sim. Infelizmente. Porque são histórias de um
cangaceiro, ou de um sertanejo, de um guerreiro... O homem sempre é uma figura
heroica, e a mulher sempre na posição de coadjuvante, isso quando ela não está
sendo ofendida. Mas lógico que seria sim, porque a maioria das pessoas que
escrevem cordel tem mais de 40 anos, outra geração, outro mundo. Não que isso
justifique, mas ainda mais no contexto do Nordeste que tem o machismo como uma
característica muito forte da cultura.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Os homens são mais reconhecidos, mais convidados, mais
lidos. Tem uma antologia do cordel brasileiro que é um livro que só tem homens,
não tem nenhuma cordelista mulher. Nenhuma! Recentemente saiu uma matéria do
Nexo sobre cordel, muito grande, trazia dados antigos, mas só homens. Até mesmo
a mulher que foi entrevistada, uma pesquisadora, só citou homens. Ao final a
matéria ainda faz uma mea culpa dizendo que só tem homens, mas é porque é assim
mesmo. Mas não é bem assim.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Existem mulheres cordelistas, mas tem que romper um
pouquinho a preguiça para pesquisar e encontrar esses nomes. Até mesmo porque
são nomes menos acessíveis, porque se você convida sempre as mesmas pessoas
para falar sobre cordel, elas darão sempre as mesmas referências. Eu tenho
referências diferentes das do Marco Aurélio, que foi quem escreveu a antologia
do cordel brasileiro, por exemplo.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Qual seu principal objetivo ao escrever cordéis?<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Quando eu faço cordel, na verdade qualquer coisa que eu
escrevo, eu escrevo porque quero contar histórias que não foram contadas,
principalmente porque as pessoas que protagonizam essas histórias não puderam
contar. E eu escrevo muito para me ligar às minhas origens. Porque sou da classificação
geral como dizem ‘parda’, e sou negra como identificação política, embora minha
pele seja clara, meu pai é negro, também de pele clara, e ele é o único negro
da família dele. E eu não sei de onde veio a negritude da família.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Então eu escrevo muito em busca disso, de me conectar com
essa origem que eu não conheço, e que infelizmente a maioria das pessoas negras
brasileiras não conhece porque uma das primeiras coisas que foi roubada das
pessoas negras que foram sequestradas e traficadas para o Brasil foi a
identidade. O nome foi mudado, o sobrenome, e com isso se perde a origem.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Hoje estou aqui por que antes tiveram pessoas que lutaram
tanto, para que eu tivesse direitos que eu considero tão garantidos e não são.
Antes de eu escrever, Carolina de Jesus escreveu e sofreu muito para conseguir
publicar. No momento em que ela fugiu do estereótipo do fetiche que tinham
sobre ela da favelada que escreve sobre a favela, ninguém quis mais ler, e ela
não deixou de ser escritora, ela insistiu muito. E eu me identifico muito com
isso. Porque se eu não me encaixar neste estereótipo, se não fizer um
personagem cômico para escrever cordel, é menos cordel?<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>É uma forma de me relacionar com a minha cultura sem ser
reduzida a ela. Eu gosto de Lady Gaga, de Metal e tenho tatuagens, e gosto de
cordel e xilogravura. E falo comendo plural. E aí? Dá um nó. O cordel é uma
literatura que não tem voz no Brasil hoje no mercado editorial.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>E você tem sido bem recebida no cenário dos cordéis, mesmo
abordando temas pouco tratados no cenário?<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Eu sou muito na minha e por saber que eu sou muito aberta em
criticar o que acho que precisa ser discutido, eu não me aproximo muito porque
não queria impor nada. Se rolasse interesse em dialogar estaria sempre aberta,
mas nunca procurei. Meus contatos são meu pai e meu avô. Nunca tive nenhum
problema, mas ao mesmo tempo eu percebo que não sou a pessoa convidada por quem
faz curadoria de alguns eventos. Não sei se porque sou muito nova ou se porque
o que eu faço é muito carregado de política. Isso fecha algumas portas e pode
abrir outras.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Você sente que os novos cordéis já abordam temas mais
políticos e temas novos?<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>As pessoas que tenho acompanhado no Facebook estão sim
fazendo temas novos. Discutindo gênero por exemplo. Tem um cordelista homem bem
tradicional que recentemente publicou uma biografia de uma heroína negra, que
inclusive é uma das que está no meu livro, que eu já tinha escrito sobre ela
antes. Só não sei se é um interesse genuíno, uma vontade de mudar, ou se é
aproveitando a onda do momento. Ao mesmo tempo percebo coisas que você não
acredita que exista ainda em 2017.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>E sobre este título de mais nova cordelista...<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Disseram isso, mas acho que não é bem assim. Conheci
recentemente um menino de 18 anos que publica cordéis no Instagram. Talvez as
pessoas achem que eu sou a mais jovem que leva isso profissionalmente. Primeiro
porque as pessoas não conhecem muitos cordelistas, e eu acabo aparecendo mais,
pois já vinha aparecendo antes falando sobre feminismo, estava na internet, e
também porque eu acho que eu consigo fazer um diálogo com gerações mais novas,
e com temas novos, e eu não sou a figura estereotipada que as pessoas esperam
quando se fala em cordelista. Já vi mulheres em evento com chapéu de couro,
roupa de chita... é um personagem, e eu não tenho nada a ver com isso. Quando
eu chego numa escola para falar de cordel as pessoas esperam outra coisa, sei
lá, o Chicó do Auto da Compadecida (risos). Nada contra, mas não sou eu. Mas
enfim, não dá pra saber quem é o mais jovem cordelista. Tomara que não seja eu.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Numa era extremamente digital, com questões sobre o fim do
livro, fim do impresso, como o cordel tem se reinventado neste sentido?<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Eu acompanho dois autores que tem belas iniciativas que são
Um repente por dia e a outra o Estilo Xilo. Ambas são 100% digitais. Tanto no
cordel, na literatura, quanto nas xilogravuras. São dois rapazes jovens. Acho
isso muito incrível porque torna acessível uma literatura que é tão
desvalorizada e que as pessoas acham que é reduzida a certos espaços. Por
exemplo, pensam em cordel e acham que vão encontrar na feira nordestina de
algum lugar, ou em um livro da escola e nunca mais. E colocar essas artes no
Facebook<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>ou no Instagram e dialogar com
novas gerações faz com que as pessoas se aproximem do cordel e tenham menos
preconceito, e vejam que cordel não é só Lampião. Se uma tradição está morrendo
é porque ela falhou em dialogar, em se reinventar e trazer novas coisas. Eu não
acredito em tradição por tradição. Tradição para mim tem que ser preservada se
trouxer coisas boas para o presente e para o futuro. Então o cordel tem que se
reinventar, tentar chegar de outras formas...<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>E tem conseguido?<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Eu tenho dificuldade de ver como estão os outros além do meu
trabalho. No meu caso tem dado muito certo. Eu tenho chegado em muitas pessoas
que não conheciam, dando oficinas de cordel... O que eu vejo muito é cordel em
livro. Igual eu fiz agora, peguei meus 15 folhetos e publiquei em livro. E eu
vejo muitos cordelistas que não publicam mais folhetos, só fazem livros, porque
a editora quer o livro. Eu tenho a impressão que o cordel está fadado a virar
só livro. Mas para afirmar isso precisa de alguma pessoa que pesquise, que vá
atrás de mais informações. Mas eu sinto isso. E as pessoas ainda enxergam o
cordel como algo bem folclórico, não é literatura, não está em pé de igualdade
com outras literaturas, é considerado inferior, não é visto como poesia...
Nenhum concurso literário premia poesia em forma de cordel, não tem seção na
livraria, não tem folhetos na livraria...<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Um dos sensos comuns que podem interferir nesta questão de
inferiorizar o cordel pode ter a ver com a questão de escrever “errado”, entre
muitas aspas...<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Tem cordéis e cordéis. Meu avô, por exemplo, escrevia sempre
tudo muito certinho. Meu pai também, dentro das normas gramaticais e
ortográficas. Para caber na métrica a gente muda ou encurta as palavras. O
‘até’ vira ‘té’. Acho ridículo exigir gramática e ortografia perfeita para
considerar algo bom e bem escrito. O bem escrito não tem nada a ver com a
revisão, mas é como se comunica, a poesia daquilo, o que causa na pessoa... Eu
tenho pena das pessoas que pensam assim. É ser muito pequeno. A língua
portuguesa, a brasileira então, é muito rica na sua regionalidade. A beleza do
cordel é isso também de traduzir tão bem uma identidade. E ninguém fala tão
corretamente. Quem que fala ‘deu de ombros’? E ta lá no livro. Mas ninguém usa.
Por outro lado comemos o plural o tempo inteiro. Não é forçar a fala errada ou
ficar engraçado, ou querer mostrar como uma pessoa é burra, mas as pessoas
falam desse jeito. E pra mim isso torna a literatura ainda mais rica. Tanto de
sentimento, de você se identificar com aquilo, de se imergir com aquilo, mas
pela estética também. Quando o cordel está cheio de referências regionais.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Quais as suas maiores influências no cordel?<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Meu pai. A forma que a gente escreve se parece muito. Eu
aprendi com ele né? Mas principalmente porque meu pai já escrevia cordéis
discutindo temáticas importantes. O primeiro cordel que li dele foi Os
quinhentos anos que invadiram o Brasil, na época dos 500 anos e Globo passava
umas vinhetas à época e ele tava putíssimo. Meu pai era punk quando mais novo,
gosta de reaggae, tem tatuagens, maconheiro assumido, de defender a causa,
então é grande influência para mim. E outra pessoa é a Salete Maria, professora
de Direito da UFBA (Universidade Federal da Bahia), e uma vez ela escreveu um
documento apresentada ao juiz todo em forma de cordel.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>E fora do cordel?<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Na minha adolescência li muita poesia, Carlos Drummond de
Andrade, Manuel Bandeira, Paulo Leminski, Ferreira Goulart, Augusto dos
Anjos... muitos homens. Depois fui descobrindo o feminismo e tendo acesso à
internet, lá no Cariri era mais demorado, e descobri poetas, principalmente não
brasileiras, como a Silva Clark e a Anne Sexton, Alice Ruiz... Depois eu
comecei a me pergunta por que na minha estante só tinham homens, que não tinha
livros feitos por mulheres, e depois me perguntar sobre não ter referências de
escritoras negras. E tive de fazer um exercício de procurar para ler. Não que
me influenciem na escrita, mas são referências para mim, e abriram caminhos
para que eu pudesse escrever. Conceição Evaristo, Beatriz Nascimento, são
mulheres que tenho muita gratidão por tudo o que elas fizeram até aqui. <o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>Texto e imagens reproduzidos do site: redebrasilatual.com.br</i></b></div>
ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4246195741328325403.post-34531587121584746942017-08-08T10:50:00.001-07:002017-08-08T10:55:45.051-07:00Livro da Biografia de Rolando Boldrin <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjN-yLccKlSiOkbkjcUMtYTH1ZL7252IwWo5PGTeaNVtCjGaG5ntVq683IpWG7eDVOpJZkeOluBVof4Ra103hCfoty7tuiokmjz-ZIOEWxNbkxbHrAoCRx9jfwUJC7kKZd0z7HxZEN4VKg/s1600/1499207948194.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="621" data-original-width="932" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjN-yLccKlSiOkbkjcUMtYTH1ZL7252IwWo5PGTeaNVtCjGaG5ntVq683IpWG7eDVOpJZkeOluBVof4Ra103hCfoty7tuiokmjz-ZIOEWxNbkxbHrAoCRx9jfwUJC7kKZd0z7HxZEN4VKg/s400/1499207948194.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<b><i>Sucesso. Artista marcou época nas telinhas quando comandou </i></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><i>o 'Som Brasil', na TV Globo. (Foto: Daniel Teixeira/Estadão).</i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOThCbtjj-TLqtvtw3rm-g_cCYd9uQAfJlrL1kLG8JLJ8XoD8RFk4r6-a6C77Ast-9PGnR0c1IPesfUQ08JT_aSxrzmmv5jkjlmDmfwkjZ33-a9yOkL2gy9Hovn8npcDg6qsMWF0b5OrQ/s1600/1499207918891.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1292" data-original-width="932" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOThCbtjj-TLqtvtw3rm-g_cCYd9uQAfJlrL1kLG8JLJ8XoD8RFk4r6-a6C77Ast-9PGnR0c1IPesfUQ08JT_aSxrzmmv5jkjlmDmfwkjZ33-a9yOkL2gy9Hovn8npcDg6qsMWF0b5OrQ/s640/1499207918891.jpg" width="460" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<b><i>Exército. Soldado número 967 do batalhão </i></b><b><i>em Quitaúna,</i></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><i> em Osasco. (Foto: Acervo pessoal).</i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgl5PrmU_BZeCE8n3HCM32eLO-c-2QlrMA-ZTE2MWNbRjtOgNyELFiPf_xEi99e8KtDbK1JQDaiQLcYyQ4EGwsl5EEj8YphUPa0KSHlNRT0T3L_NK_nca3Pmgi-t6_PCk0F73nERRXRrxU/s1600/1499207918801.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1321" data-original-width="932" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgl5PrmU_BZeCE8n3HCM32eLO-c-2QlrMA-ZTE2MWNbRjtOgNyELFiPf_xEi99e8KtDbK1JQDaiQLcYyQ4EGwsl5EEj8YphUPa0KSHlNRT0T3L_NK_nca3Pmgi-t6_PCk0F73nERRXRrxU/s640/1499207918801.jpg" width="450" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><i>Rádio. Boldrin declama trechos de 'Brasil Caboclo'.</i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><i>(Foto: Acervo pessoal).</i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Publicado originalmente no site do jornal Estadão, em 05 Julho 2017.</i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Biografia de Rolando Boldrin relembra sua trajetória na
música, TV, cinema e teatro<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Livro foi escrito pelos jornalistas Willian Corrêa e Ricardo
Taira, ambos da TV Cultura<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Por João Paulo Carvalho, O Estado de S.Paulo.<o:p></o:p></i></b></div>
<br />
<b></b>
<b>
</b>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Quando o jovem Rolando Boldrin, então com 16 anos, resolveu
vender o violão da família para conseguir dinheiro e embarcar em uma aventura
desconhecida rumo a São Paulo, a tal cidade grande, o pai, seu Amadeu, não pensou
duas vezes: “O que é que você fez? Pois vamos buscar de volta esse violão
agora, menino”, afirmou ele sem precisar pedir que o filho o seguisse. “Devolva
o violão dele. Tome aqui o seu dinheiro”, disse o alto e imponente homem
grisalho ao alfaiate Chiquinho Cesário, um conhecido boêmio da pacata cidade de
São Joaquim da Barra, a 396 quilômetros da capital paulista. <o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Na noite seguinte, já com o violão em segurança, o pai cedeu
aos encantos dos pequenos e tristonhos olhos azuis do determinado Boldrin. “Tome
cuidado naquela cidade, caboclinho, e tenha juízo”, recomendou. Ao pagar a
passagem de trem do menino para a chamada selva de pedra, sem permitir que ele
se desfizesse de seu bem mais precioso, o violão de seis cordas, seu Amadeu,
inconscientemente, traçou para sempre a história de um dos personagens mais
intrigantes da cultura popular brasileira. “Eu não tinha um tostão no bolso.
Sobraram só alguns trocados para comprar dois pastéis. Eu e outros dois amigos
chegamos a dormir na rua”, lembra Boldrin.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>O ‘senhor Brasil’ foi para a metrópole atrás de seus sonhos.
Queria ser ator de rádio, televisão e teatro. Músico? Quem sabe. Desinibido e
com um talento nato para as artes cênicas, Boldrin almejava o estrelato. Foi
justamente em São Paulo que virou gente grande. Trabalhou como sapateiro,
garçom e até frentista. Aos 18, serviu o Exército. “Meu pai, o seu Amadeu,
sempre me dizia que todo sujeito precisa de uma ocupação. Para ele, com 16 anos
já era homem adulto”, lembra Boldrin, que recebeu a reportagem do Estado em sua
casa, na região da Granja Viana, para falar sobre seu novo livro. Toda a
trajetória do músico, ator e apresentador é contada em detalhes na biografia A
História de Rolando Boldrin - Sr. Brasil, escrita pelos jornalistas Willian
Corrêa e Ricardo Taira, ambos da TV Cultura, emissora na qual Boldrin comanda
desde 2005 o programa Sr. Brasil. “Não sou apresentador. Não gosto dessa
definição. Nem músico. Sou um ator que canta. Bem abaixo de um Moacir Franco,
por exemplo”, pondera.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>A entrada para o mundo artístico demorou para se
concretizar. Ela veio apenas no fim da década de 1950, quando foi aprovado em
um teste para a Tupi, extinta emissora de rádio e TV. Alugou um quartinho
modesto bem perto do novo local de trabalho, no Sumaré, zona oeste de São
Paulo, e dedicou-se fielmente ao ofício. Apanhou. E como apanhou. Na vida e nas
telas. Passou a atuar como figurante no seriado Falcão Negro, que tinha como
protagonista o ator José Parisi. Parisi, o chamado Zorro brasileiro, era forte.
Ele não gostava de dublês e exigia que os sopapos e pontapés das cenas fossem
reais. “Rapaz, como eu apanhava. Soco pra lá, chute pra cá. Perguntei a Deus se
tinha vindo a São Paulo só para apanhar?”, conta ele.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Passado algum tempo, Rolando Boldrin começou a se firmar na
Tupi e contracenou com grandes nomes. De Luiz Gustavo e Lima Duarte, passando
por Laura Cardoso, e a jovem atriz estreante Susana Vieira. Boldrin chegou a
participar da primeira gravação em tape da TV brasileira. Um feito histórico
para um rapaz recém-saído de uma pequena e longínqua cidade do interior de São
Paulo.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>De tempos em tempos, ele voltava a São Joaquim da Barra para
visitar os amigos e a família. Seu companheiro mais fiel era o Dito Preto, sim
aquele mesmo que ilustra os inúmeros "causos" contados por Boldrin na
televisão. Engraxate da barbearia da praça, Dito Preto tinha uma personalidade
única. Certa vez ele se apaixonou por uma moça da cidade e queria se declarar a
ela. Numa noite de bebedeira, Boldrin e o amigo foram até a paróquia da cidade
para pegar a imagem de São Joaquim e cantarolar em frente à porta da
pretendente, que tinha uma família muito religiosa. Os amigos ficaram tão
bêbados que não conseguiram fazer a serenata. A história chegou no ouvido do
delegado, que prendeu Dito Preto. Boldrin precisou voltar de São Paulo para
explicar o ocorrido e devolver a imagem de São Joaquim. "Aquele seu irmão
artista está na cidade?", indagou o novo padre da paróquia à Irma de
Boldrin. "É bom saber, assim escondo todas as imagens daqui",
complementou. "Fiquei com fama de sequestrador de santo", gargalha
Boldrin.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Música. Depois de se aventurar pelo teatro e gravar a última
novela, Os Imigrantes, exibida pela TV Bandeirantes, Rolando Boldrin passou a
se dedicar apenas à vida musical. Voltou aos velhos tempos da dupla Boy e
Formiga, que tinha com o irmão ainda na infância, e investiu nas composições. O
casamento com a primeira mulher, a cantora Lurdinha Pereira, fortaleceu tal
atividade. <o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>A consagração de Boldrin, no entanto, veio com o programa
Som Brasil, exibido nas manhãs da TV Globo. Recusado outrora por outras
emissoras, o projeto de Boldrin acabou decolando. Foi com ele, inclusive, que a
música de raiz e a diversidade cultural dos cantores brasileiros ganharam
força. “Sempre bati o pé para fazer as coisas do meu jeito, lá na Globo. Eu
recusei muitos artistas por achá-los ruins. Toda a produção do programa, assim
como o do Sr. Brasil, na Cultura, é minha. Eu escolhia as músicas e os
artistas. Eles bem que tentaram pressionar, mas eu não deixava. Foram três anos
incríveis”, conta ainda Rolando Boldrin.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div style="text-align: left;">
<b><i>A HISTÓRIA DE ROLANDO BOLDRIN - SR. BRASIL<o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div style="text-align: left;">
<b><i>Autor: Willian Corrêa e Ricardo Taira</i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div style="text-align: left;">
<b><i>Editora: Contexto (224 págs.;R$ 45)</i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<b><i><br /></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<b><i>Texto e imagens reproduzidos do site: cultura.estadao.com.br</i></b></div>
<b><i><br /></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<b><i>---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------</i></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><i><br /></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/iC5AOAmSQOY" width="560"></iframe>
</div>
ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4246195741328325403.post-34375723272413610872017-07-27T12:47:00.003-07:002017-07-27T12:47:48.710-07:00Biografia - Alvarenga e Ranchinho<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjP__5DrvaApHh5vTHKKXh58J6XP7B2jbowh0W0cg3-_AtN8E4cTpRGrm8Aahlts7aDWT5igeN8klR7MvXVooV64hlDpJ7ZjhOvkTKl0zVAt0fUk_V5cn07COAToNt4cbh-kQxzSPZbXIE/s1600/maxresdefault+%25283%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1440" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjP__5DrvaApHh5vTHKKXh58J6XP7B2jbowh0W0cg3-_AtN8E4cTpRGrm8Aahlts7aDWT5igeN8klR7MvXVooV64hlDpJ7ZjhOvkTKl0zVAt0fUk_V5cn07COAToNt4cbh-kQxzSPZbXIE/s400/maxresdefault+%25283%2529.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>Biografia - Alvarenga e Ranchinho<o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>Murilo Alvarenga nasceu em Itaúna-MG no dia 22/05/1912 e
faleceu em 18/01/1978. Diésis dos Anjos Gaia, o Ranchinho, nasceu em Jacareí-SP
no dia 23/05/1913 e faleceu no dia 05/07/1991.<o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>Antes de iniciar o resumo biográfico, é preciso lembrar que
o Alvarenga foi apenas um e que, no entanto, por força das circunstâncias,
acabou fazendo dupla com "3 Ranchinhos"!!<o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>O "primeiro Ranchinho", portanto, foi Diésis dos
Anjos Gaia, que cantou com Alvarenga de 1933 a 1938, retornando no ano seguinte
e que, após outros sumiços, abandonou a dupla em 1965.<o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>O "segundo Ranchinho" foi Delamare de Abreu
(nascido em São Paulo-SP no dia 28/10/1920), irmão de Murilo Alvarenga por
parte de mãe, e que fez dupla com ele por dois meses na década de 50. Delamare
mais tarde deixou o palco e passou a ser Pastor Protestante.<o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>E o "terceiro Ranchinho", que foi quem ficou mais
tempo ao lado de Murilo, foi Homero de Souza Campos (1930-1997), conhecido
também como "Ranchinho da Viola" e como "Ranchinho II"
(apesar de ter sido o "terceiro"). Homero cantou com Murilo Alvarenga
de 1965 até o seu falecimento em 1978.<o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>O "Ranchinho da Viola" foi o mesmo Homero que
também integrou o "Trio Mineiro", juntamente com Bolinha e Cosmorama
e que chegou a gravar 12 discos de 78 RPM. E, com Alvarenga, Homero gravou 15
discos, entre 78 RPM e LPs.<o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>Chegaram a gravar 30 LPs e 600 discos em 78 rotações em 50
anos de carreira. Ocuparam lugar de destaque na música sertaneja brasileira,
significando grande parte do faturamento das gravadoras. Foram importantes
atrações no Cassino da Urca, no Rio de Janeiro, bem como nas programações de
rádio da época. Em suas paródias e músicas, criticavam o governo de Getulio
Vargas e chegaram a incomodar tanto sua polícia que foram várias vezes presos.<o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>A dupla participou do primeiro filme falado feito em São
Paulo, Fazendo Fita, em 1935, levada por Ariowaldo Pires, o Capitão Furtado.
Fizeram também Tererê Não Resolve, em 1938, Laranja da China e Céu Azul, em
1940. Sobrinho de Cornélio Pires, quem primeiro gravou música sertaneja,
Ariowaldo uniu-se à dupla e lançou no rádio a Trinca do Bom Humor. O trio
estreou no disco em 1936, com Itália e Abissínia, uma sátira sobre o conflito
entre os dois países. Zombaram da instituição do divórcio em O Divórcio vem Aí
e divertiram o público quando na troca da moeda em 1943 com Você Já Viu o
Cruzeiro? Em cima do problema de combustível durante a guerra, fizeram
Racionamento da Gasolina.<o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>Criticaram todo mundo, Hitler, Mussolini e políticos locais
de vários escalões. Por causa de Liga dos Bichos, onde em 1936 relacionaram os
políticos aos animais, tiveram problemas com a censura, que viu na letra uma
alusão a Osvaldo Aranha, um dos principais ministros de Getulio. Com História
de um Soldado, letra da autoria de Alvarenga, foram detidos pela polícia e
levados por Alzira Vargas, filha de Getulio, à presença do presidente para que
apresentassem a paródia. Embaraçados, cantaram a música até o fim, cuja letra
referia-se a tramitação de um documento pelo exército até chegar às mãos do
Presidente da República. Getulio sorriu, afirmou não ver ofensa nos versos e
liberou a dupla, desde que não ferissem a moral ou o físico das pessoas.<o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>Entre seus trabalhos, destaca-se também a valsa humorística
Drama de Angélica, da autoria de Alvarenga. Em 1956, gravaram para a Odeon os
baiões Tá no Papo e Guaratinguetá, ambos de autoria da dupla. Encerraram a
carreira de paródias em 1966, com uma gozação com a música de Geraldo Vandré,
Disparada.<o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>Texto reproduzido do site: letradamusica.net/alvarenga-ranchinho</i></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><i><br /></i></b></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<b><i><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/M7ObiSdwElw" width="560"></iframe></i></b>
</div>
ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4246195741328325403.post-48170924717468212702017-07-23T06:46:00.004-07:002017-07-23T06:52:07.154-07:00Jararaca e Ratinho - Dupla Sertaneja<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGjtqJUwHYuOCg242bU1SF-ZEmImQ3mXr5XlnKnBgnO1FHZgU0yGmyWKPXH7Uc-c4E0CmJ3WRq31awaz8921mnCdCK_txq-bp_nwVnoA7sgpGQ0zNL_Z5dscTCyLv5Og0MjnpBQhpTx20/s1600/tvsinopse4591176.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="541" data-original-width="431" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGjtqJUwHYuOCg242bU1SF-ZEmImQ3mXr5XlnKnBgnO1FHZgU0yGmyWKPXH7Uc-c4E0CmJ3WRq31awaz8921mnCdCK_txq-bp_nwVnoA7sgpGQ0zNL_Z5dscTCyLv5Og0MjnpBQhpTx20/s640/tvsinopse4591176.jpg" width="508" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>Jararaca e Ratinho - Dupla Sertaneja<o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>Jararaca e Ratinho foi uma dupla sertaneja, compositores e
humoristas formada pelos músicos José Luiz Rodrigues Calazans (Jararaca) que
nasceu em Maceió, no dia 29 de setembro de 1896 e faleceu no Rio de Janeiro no
dia 11 de outubro de 1977, e por Severino Rangel de Carvalho (Ratinho), nascido
em Itabaiana no dia 13 de abril de 1896 e falecido em Duque de Caxias, no dia 8
de setembro de 1972.<o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>José Luiz Rodrigues Calazans, o Jararaca, era filho do poeta
e professor muito conhecido Ernesto Alves Rodrigues e começou a tocar sua viola
aos 8 anos de idade, inspirado em seus irmãos que também eram violeiros e
seresteiros.<o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>Ainda criança conviveu muito com os boiadeiros que vinham
das Minas Gerais, onde ouvia diversas estórias, que mais tarde iriam
influenciar bastante a sua música. Em 1915 aproximadamente começou atuar
juntamente com um grupo teatral na cidade Piranhas, em Alagoas. Dizem também
que integrou o bando de Lampião por quase dois anos, e no início da década de
20 resolveu tentar a carreira artística.<o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>Severino Rangel, o Ratinho, ficou órfão ainda bebê e acabou
sendo criado por seu tios e padrinhos e foi sua tia a incentivar o sobrinho na
música. Começou a tocar ainda criança na Banda Musical de Itabaiana, no Estado
da Bahia, e em 1914 mudou-se para Recife onde integrou a orquestra sinfônica
local tocando trompete, saxofone e ainda dava aulas numa escola de aprendizes.<o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>Por volta de 1919 Severino Rangel (Ratinho) e José Calazans
(Jararaca) se conheceram quando passaram a integrar o Bloco dos Boêmios. Pouco
tempo depois em 1921, formaram o grupo “Os Boêmios” e tempos depois o grupo passou a ser
conhecido como “Os Turunas Pernambucanos”, onde cada um dos integrantes adotou
o nome de um animal, foi quando José Luiz resolveu adotar o nome de Jararaca.<o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>Com o conjunto excursionaram cantando “cocos” e “emboladas”,
com seus trajes típicos percorrendo diversos lugares, e incentivado por
Pixinguinha eles acabaram vindo para o Rio de Janeiro em 1922. Depois que o
grupo foi desfeito, José Luiz e Severino resolveram formar a dupla Jararaca e
Ratinho e começaram a conhecer o sucesso quando passaram a cantar embolada e também
fazendo apresentações satíricas e humorísticas em São Paulo.<o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>Seu primeiro disco aconteceu em 1929, através da gravadora
Odeon com músicas regionais e excursionaram pelo interior. Em 1937 Jararaca
compôs a clássica “Mamãe Eu Quero” em parceria com Vicente Paiva e seu sucesso
foi tanto que ultrapassou as fronteiras brasileiras, sendo gravada por artistas
internacionais como Bing Crosby e Carmem Miranda.<o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>Trabalharam por quase uma década na Rádio Nacional, sempre
como músicos caipiras e humoristas fazendo sucesso com diversas músicas. Nos
anos 60 e 70 passaram a também atuar na televisão em diversos programas como
Balança mas Não Cai, Uau e Alô Brasil, Aquele Abraço.<o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>Após a morte de Ratinho em 1972, Jararaca continuou sua
trajetória sozinho participando como cantor e humorista, inclusive no programa
Chico City onde ele interpretou o papel do cangaceiro Sucuri e assim continuou
suas atuações até sua morte em 1977.<o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
<b><i>------------------------------------------ </i></b></div>
</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>Principais Fontes Bibliográficas:<o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: left;">
<b><i>http://www.boamusicaricardinho.com/jararacaeratinho_29.html</i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: left;">
<b><i>http://pt.wikipedia.org/wiki/Jararaca_e_Ratinho<o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>http://radioboanova.com.br/clubeamigosdaboanova/jararaca-e-ratinho/<o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>http://www.dicionariompb.com.br/jararaca-e-ratinho<o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>Texto reproduzido do site: tvsinopse.kinghost.net</i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<b><i><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/nCqJNg2tAcY" width="560"></iframe></i></b>
</div>
ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4246195741328325403.post-59882526982116073062017-06-18T06:49:00.001-07:002017-06-18T06:52:49.455-07:00Dominguinhos, Sivuca, Oswaldinho <div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="https://www.youtube.com/embed/hsCPNMA_UPM" width="459"></iframe></div>
ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4246195741328325403.post-45289575226554693362017-05-12T05:53:00.001-07:002017-05-13T04:35:02.487-07:00Antônio Gonçalves da Silva - "Patativa do Assaré" (1909 - 2002)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9LJuGgDSGo2yM5FdJ0R_JGtJDvjzKe-RuLXmdFEZWRR0tzhe9tH86i9vGi9U9cjtKb3N8i_-7mOvHa0FymIXOJwr2qytT6sPHfzAVkH4H0ZWy4gwvP-MH2uoGMCxSRVciRKoeK1tS9nI/s1600/Patativa_DN3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9LJuGgDSGo2yM5FdJ0R_JGtJDvjzKe-RuLXmdFEZWRR0tzhe9tH86i9vGi9U9cjtKb3N8i_-7mOvHa0FymIXOJwr2qytT6sPHfzAVkH4H0ZWy4gwvP-MH2uoGMCxSRVciRKoeK1tS9nI/s640/Patativa_DN3.jpg" width="424" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><span style="color: blue;">Patativa do Assaré – o poeta do sertão</span><o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>O poeta da roça </i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Sou fio das mata, cantô da mão grossa,<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Trabáio na roça, de inverno e de estio.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>A minha chupana é tapada de barro,<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Só fumo cigarro de páia de mío.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Sou poeta das brenha, não faço o papé<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>De argum menestré, ou errante cantô<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Que veve vagando, com sua viola,<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Cantando, pachola, à percura de amô.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Não tenho sabença, pois nunca estudei,<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Apenas eu sei o meu nome assiná.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Meu pai, coitadinho! vivia sem cobre,<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>E o fio do pobre não pode estudá.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Meu verso rastêro, singelo e sem graça,<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Não entra na praça, no rico salão,<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Meu verso só entra no campo e na roça<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Nas pobre paioça, da serra ao sertão.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Só canto o buliço da vida apertada,<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Da lida pesada, das roça e dos eito.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>E às vez, recordando a feliz mocidade,<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Canto uma sodade que mora em meu peito.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Eu canto o cabôco com suas caçada,<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Nas noite assombrada que tudo apavora,<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Por dentro da mata, com tanta corage<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><span style="color: blue;">Topando as visage chamada caipora.</span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Eu canto o vaquêro vestido de côro,<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Brigando com o tôro no mato fechado,<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Que pega na ponta do brabo novio,<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Ganhando lugio do dono do gado.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Eu canto o mendigo de sujo farrapo,<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Coberto de trapo e mochila na mão,<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Que chora pedindo o socorro dos home,<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>E tomba de fome, sem casa e sem pão.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>E assim, sem cobiça dos cofre luzente,<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Eu vivo contente e feliz com a sorte,<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Morando no campo, sem vê a cidade,<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Cantando as verdade das coisa do Norte.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>- Patativa do Assaré, em "Cante lá que eu canto
cá". [Filosofia de um trovador nordestino].. (Organização Antônio
Gonçalves da Silva). 5ª ed., Rio de Janeiro: Editora Vozes, 1984. (grafia
original).</i></b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrYHUqrj9yZWSAy0vIN4RQ-SnGXO8wPhV5835-4HzShI5QoIDmcYUStqduTMPAPlVzLLzDymNaQX-VPr9TUbdWPfZo94wW3W4zWTMSqGbdWOLB-ot6S5NZ3Hurtc-9RP8EI6yENtRLxr8/s1600/patativa00.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrYHUqrj9yZWSAy0vIN4RQ-SnGXO8wPhV5835-4HzShI5QoIDmcYUStqduTMPAPlVzLLzDymNaQX-VPr9TUbdWPfZo94wW3W4zWTMSqGbdWOLB-ot6S5NZ3Hurtc-9RP8EI6yENtRLxr8/s400/patativa00.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Antônio Gonçalves da Silva (Serra de Santana CE, 5 de março
de 1909 - Assaré CE 2002). Poeta e repentista. Filho dos agricultores Pedro
Gonçalves Silva e Maria Pereira Silva, muda-se com a família, pouco depois de
seu nascimento, para uma pequena propriedade nas proximidades de Assaré, Ceará.
Em 1910, o poeta perde parcialmente a visão do olho direito, sequela de um
sarampo. Com a morte do pai, em 1917, auxilia no sustento da casa, trabalhando
em culturas de subsistência e na produção de algodão. <o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Frequenta a escola por apenas seis meses e descobre a
literatura por meio de folhetos de cordel e de repentistas. Adquire um violão
em 1925 e passa a dedicar-se à composição de versos musicados. Viaja, em 1929, para Fortaleza e frequenta os
salões literários do poeta Juvenal Galeno (1836 - 1931). Do Ceará parte para
Belém, onde conhece o jornalista também cearense José Carvalho de Brito,
responsável pela publicação de seus primeiros textos no jornal Correio do
Ceará. Deve-se a Brito a alcunha de Patativa, utilizada pela primeira vez no capítulo
que lhe dedica em seu livro O Matuto Cearense e o Caboclo do Pará. A estreia de Assaré em livro ocorre em 1956,
no Rio de Janeiro, com a publicação de Inspiração Nordestina, incentivado pelo
latinista José Arraes de Alencar. Com a gravação, em 1964, de Triste Partida,
por Luiz Gonzaga (1912 - 1982), e de Sina, em 1972, pelo cantor Raimundo Fagner
(1949), amplia-se a visibilidade de sua obra. Em 1978, lança Cante Lá que Eu
Canto Cá e se engaja na luta contra a ditadura militar. No ano seguinte, volta
a morar em Assaré.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>"Ah! O sertão é... o sertão é a riqueza natural que nós
temos... é o ponto melhor da vida, para quem sabe ver é o sertão, pois ali tudo
o que a natureza cria, tudo que é belo, que é bom, que é puro, nós temos pelo
sertão[...] o diamante antes de ser lapidado... porque o diamante só é alguma
coisa depois dele ser lapidado. Aí é que ele vai brilhar[...] mas o sertão é
puro, tão puro quanto o diamante antes de seu trabalho[...]"<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>- Patativa do Assaré, em "Patativa do Assaré – Digo e
não peço segredo". (Organização e prefácio Luiz Tadeu Feitosa). São Paulo:
Editora Escrituras, 2001, p. 21 e 25.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Texto e imagens reproduzidos do site: <a href="http://bit.ly/2q9fpmt"><span style="color: blue;">bit.ly/2q9fpmt</span></a></i></b></div>
ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4246195741328325403.post-13443492227452363892017-05-10T05:27:00.001-07:002017-05-10T05:27:22.226-07:00Jackson do Pandeiro (1919 - 1982)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjx1kUbMHTfKXJa0JgUxit2RPcSmqkZo9JcR1iWixiqbn5qfLzdkRgoSGFK_biITonhSBdZPqHV_qZSuojitZBqdZb_1dQjlnI2SG7x6uEh0fCL8hqIGbPyL-zXfg3as3oBbaIH1kfd4bQ/s1600/Jackson-do-Pandeiro.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="267" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjx1kUbMHTfKXJa0JgUxit2RPcSmqkZo9JcR1iWixiqbn5qfLzdkRgoSGFK_biITonhSBdZPqHV_qZSuojitZBqdZb_1dQjlnI2SG7x6uEh0fCL8hqIGbPyL-zXfg3as3oBbaIH1kfd4bQ/s400/Jackson-do-Pandeiro.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<b><i>Foto reproduzida do site: paraibacriativa.com.br</i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>Jackson, um malandro nordestino.<o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>Do alto da serra onde fica a cidade de Areia, em plena
região do brejo paraibano, avista-se lá embaixo a cidade de Alagoa Grande, com
a lagoa que dá nome à cidade brilhando à luz do sol nordestino, como uma colher
de prata em cima de uma toalha verde. Pois foi em Alagoa Grande, em 31 de
agosto de 1919, que nasceu José Gomes Filho, que mais tarde viria a se tornar
conhecido como Jackson do Pandeiro. <o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>Queria ser sanfoneiro. Mas a sanfona era um instrumento
caro, e sendo o pandeiro mais barato, foi esse que recebeu de presente da mãe,
Flora Mourão, cantadora de coco, a quem desde cedo o menino ouvia cantar coco,
tocando zabumba e ganzá. <o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>Aos 13 anos, com a morte do pai, veio com a mãe e os irmãos
morar em Campina Grande, onde começou a
trabalhar como entregador de pão, engraxate e pequenos serviços. Na feira de
Campina, entre um mandado e outro, assistia aos emboladores de coco e
cantadores de viola. Ia muito ao cinema e tomou gosto pelos filmes de faroeste,
admirando muito o ator Jack Perry. Nas brincadeiras de mocinho e bandido com os
outros garotos, José transformava-se em Jack, nome pelo qual passou a ser
conhecido. <o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>Aos dezessete anos, largou o trabalho na padaria para ser
baterista no Clube Ipiranga. Em 1939, já formava dupla com José Lacerda, irmão
mais velho de Genival Lacerda. Era Jack do Pandeiro. <o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>No o início da década de 40, Jackson foi morar em João
Pessoa, onde continuou a tocar nos cabarés, e logo depois na Rádio Tabajara,
onde ficou até 1946. <o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>Em 1948 foi para o Recife trabalhar na Rádio Jornal do
Comércio Foi aí que o diretor do programa sugeriu que ele trocasse o Jack por
Jackson, que era mais sonoro e causava mais efeito quando anunciado ao
microfone. <o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>Somente em 1953, já com trinta e cinco anos, foi que Jackson
gravou o seu primeiro grande sucesso: Sebastiana, de Rosil Cavalcanti. Logo
depois, emplacou outro grande hit: Forró em Limoeiro, rojão composto por Edgar
Ferreira. <o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i> <o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>Foi na rádio pernambucana que ele conheceu Almira Castilho
de Alburquerque, com quem se casou em 1956 vivendo com ela até 1967. Fizeram
uma dupla de sucesso, ele cantando e ela dançando ao seu lado, tendo
participado de dezenas de filmes nacionais. A paixão por Almira era tão grande
que Jackson chegou a colocar várias músicas no nome dela. Depois doze anos de
convivência, Jackson e Almira se separaram e ele casou com a baiana Neuza
Flores dos Anjos, de quem também se separou pouco antes de falecer. <o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>No Rio, já trabalhando na Rádio Nacional, Jackson alcançou
grande sucesso com O Canto da Ema, Chiclete com Banana, Um a Um e Xote de
Copacabana. Os críticos ficavam abismados com a facilidade de Jackson em cantar
os mais diversos gêneros musicais: baião, coco, samba-coco, rojão, além de
marchinhas de carnaval. <o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>Músicos que o acompanharam como Dominguinhos e Severo dizem
que ele era um grande “sanfoneiro de boca”, o que significa que apesar de não
saber tocar o instrumento ele fazia com a boca tudo aquilo que queria que o
sanfoneiro executasse no instrumento. O fato de ter tocado tanto tempo nos
cabarés aprimorou sua capacidade jazzística. Também é famosa a sua maneira de
dividir a música, e diz-se que o próprio João Gilberto aprendeu a dividir com
ele. <o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i> <o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>No palco, tinha uma ginga toda especial, uma mistura de
malandro carioca com nordestino. Ficou famoso pelas umbigadas que trocava com a
parceira e esposa Almira. <o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>Já com sessenta e três anos, sofrendo de diabetes, ao fazer
um show em Santa Cruz de Capibaribe, sentiu-se mal, mas não quis deixar o
palco. Já estava enfartado mas continuou cantando, tendo feito ainda mais dois
shows nessas condições, apesar do companheiro Severo, que o acompanhou durante
anos na sanfona, ter insistido com ele
para cancelar os compromissos: ele não permitiu. Indo depois cumprir outros
compromissos em Brasília passou mal, tendo desmaiado no aeroporto e sendo
transferido para o hospital. Dias depois, faleceu de embolia cerebral, em 10 de
julho de 1982. </i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>Texto reproduzido do site: jacksondopandeiro.clotildetavares.com.br </i></b><o:p></o:p></div>
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/zjLbaPsF5-A" width="560"></iframe>
</div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/cXlKFL2lk8I" width="560"></iframe>
</div>
ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4246195741328325403.post-72995731095429855682017-05-02T11:22:00.001-07:002017-05-02T11:23:11.680-07:00Paula Fernandes, Almir Sater - Jeito De Mato<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="https://www.youtube.com/embed/z75JpfOKIBI" width="480"></iframe></div>
ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4246195741328325403.post-29596550787760299942017-04-21T04:30:00.001-07:002017-04-21T04:32:40.132-07:00Registro: Nordeste festeja 100 anos de Gonzagão (2012)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXq5T_aYr5o4hTQKSwUxCQkz1xu461ftIcdUyEYgn2Mp_pwK1C8x8-BjYiLxneH5Uvndd-5FF6N_HZd0nispHBWcv6Q3SvUjiHu1M-cbcSmchY4V6zRXqAz0pY9jBe2zAiMk2mAOvmQ1Y/s1600/3-Em+1940+come%25C3%25A7a+se+apresentar+como+calouro%252C+nos+programas+de+r%25C3%25A1dio+de+Silvinho+Neto+e+Ari+Barroso.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXq5T_aYr5o4hTQKSwUxCQkz1xu461ftIcdUyEYgn2Mp_pwK1C8x8-BjYiLxneH5Uvndd-5FF6N_HZd0nispHBWcv6Q3SvUjiHu1M-cbcSmchY4V6zRXqAz0pY9jBe2zAiMk2mAOvmQ1Y/s400/3-Em+1940+come%25C3%25A7a+se+apresentar+como+calouro%252C+nos+programas+de+r%25C3%25A1dio+de+Silvinho+Neto+e+Ari+Barroso.jpg" width="351" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQ75YRROz2JaAJVlx-mVpkuQuRnXw-8t1wVliL4SirsC2whr3vWLYXy9lpKjsOLvaaYnE9HhC2v1k7tngJSlVX4XHy1q6ohIO4eMQgy-0VSNOCJuDNO7CMAv3WWkMdI2qHN8QQJw-2yNg/s1600/4-Em+13+de+dezembro%252C+data+do+anivers%25C3%25A1rio+do+Rei+do+Bai%25C3%25A3o+%25C3%25A9+comemorado+tamb%25C3%25A9m+o+dia+do+forr%25C3%25B3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="356" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQ75YRROz2JaAJVlx-mVpkuQuRnXw-8t1wVliL4SirsC2whr3vWLYXy9lpKjsOLvaaYnE9HhC2v1k7tngJSlVX4XHy1q6ohIO4eMQgy-0VSNOCJuDNO7CMAv3WWkMdI2qHN8QQJw-2yNg/s400/4-Em+13+de+dezembro%252C+data+do+anivers%25C3%25A1rio+do+Rei+do+Bai%25C3%25A3o+%25C3%25A9+comemorado+tamb%25C3%25A9m+o+dia+do+forr%25C3%25B3.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjW1_m8ZOnjw82gn8d66CHDmY8otkXWzDSlKCrtse-F8uyw6O4TspLpL2l9IZK3Dq2LO42YCU6RWdmyOOIOmltUXjCTXEw7ytIU2I9OaRqVWOVeRt7fIp0MemHtoV51jPZvd02hqvf446c/s1600/2-Ana+Batista+de+Jesus+e+Mestre+Janu%25C3%25A1rio%252C+pais+de+Gozag%25C3%25A3o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjW1_m8ZOnjw82gn8d66CHDmY8otkXWzDSlKCrtse-F8uyw6O4TspLpL2l9IZK3Dq2LO42YCU6RWdmyOOIOmltUXjCTXEw7ytIU2I9OaRqVWOVeRt7fIp0MemHtoV51jPZvd02hqvf446c/s640/2-Ana+Batista+de+Jesus+e+Mestre+Janu%25C3%25A1rio%252C+pais+de+Gozag%25C3%25A3o.jpg" width="454" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="text-align: start;"><b><i>Ana Batista de Jesus e Januário José dos Santos.</i></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="text-align: start;"><b><i><br /></i></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Publicação originária do blog PMA, em 29 de junho de 2012.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Nordeste festeja 100 anos de Gonzagão<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Por Illton Duarte (E-Aju/Secom PMA).</i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>O ritmo da sanfona, o compasso da zabumba e do triângulo dão
o sinal. Já é São João no Nordeste, que dessa vez tem um motivo a mais para
comemorar. É centenário do Rei do Baião, que se estivesse vivo completaria 100
anos, em dezembro deste ano. Luiz Gonzaga do Nascimento nasceu em Exu, PE a 700
km de Recife. O segundo dos nove filhos do casal Januário José dos Santos, o
Mestre Januário, sanfoneiro de 8 baixos famoso na região, e Ana Batista de
Jesus, conhecida por Santana. Aprendeu desde muito cedo a ter gosto pela música
vendo e ouvindo as apresentações do pai, a quem ajudava tocando zabumba e
cantando em feira e festas religiosas.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Foi através de um concurso de calouros no rádio que Gonzaga
ganhou o primeiro prêmio de muitos na sua carreira musical. O prêmio foi com o
sucesso ´Vira e Mexe´, música de sua autoria. A partir daí sua carreia começou
a deslanchar para o sucesso, onde passou a participar de vários programas de
rádio e gravar discos sempre com repertório de músicas nordestinas e a compor
varias canções. Na época foi contratado pela rádio clube do Brasil, onde fez
várias participações e, logo após, foi contratado pela rádio Tamoio. Anos
depois foi contratado pela rádio Nacional, onde seguiu compondo mais sucessos.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Acompanhado de sua sanfona branca, o velho Lua, como também
era conhecido, foi o primeiro músico nordestino a assumir sua nordestinidade,
vestindo gibão e chapéu de couro - trajes típicos da figura do vaqueiro. Levou
a alegria das festas juninas e dos forrós pé-de-serra, bem como a pobreza, as
tristezas e as injustiças do Sertão nordestino para o resto do país. Em uma
época em que a maioria das pessoas desconhecia o xote, o xaxado e o baião,
cantou as dores e os amores de um povo sofrido, que ainda não tinha voz, diante
da terra árida e seca.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>"Quando oiei a terra ardendo,<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Qual fogueira de São João,<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Eu perguntei a Deus do céu, uai,<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Por que tamanha judiação...<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Que braseiro, que fornáia,<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Nem um pé de prantação,<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Por farta d'água perdi meu gado<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Morreu de sede meu alazão...”<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Luiz Gonzaga cantou ´A vida do viajante e suas recordações´:<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>“Minha vida é andar<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Por esse país<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Pra ver se um dia<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Descanso feliz<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Guardando as recordações<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Das terras onde passei<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Andando pelos sertões<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>E dos amigos que lá deixei...”<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Cantou também o ´Xote das Meninas´:<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>“Mandacaru quando fulora na seca<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>É o sinal que a chuva chega no sertão<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Toda menina que enjoa da boneca<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>é sinal que o amor já chegou no coração<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Meia comprida, num qué mais sapato baixo<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Vestido bem cintado, não quer mais vestir timão...”<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Luiz Gonzaga é considerado uma das figuras mais importantes
da música popular brasileira. Admirado por grandes músicos, como Chiquinho do
Acordeão, Dorival Caymmi, Gilberto Gil, Elba Ramalho, Caetano Veloso, entre
outros. Suas músicas servem de inspiração até hoje para a maioria das
quadrilhas juninas espalhadas por todo país e estão presentes em praticamente
todos os repertórios juninos.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Em depoimento extraído do livro ´Vida do Viajante: A Saga de
Luiz Gonzaga´, o cantor e compositor Gilberto Gil afirma ser discípulo fiel do
Gonzagão. “Seu nome se inscreve na galeria dos grandes inventores da música
popular brasileira. Eu, como discípulo e devoto apaixonado do grande mestre do
Araripe, associo-me às eternas homenagens que a História continuada prestará ao
nosso Rei do Baião”, revela.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<b>
</b>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Já para Chiquinho do Acordeão, o velho Lua representa toda a
música nordestina, e através dele vieram vários sanfoneiros. “Luiz Gonzaga
deixou uma descendência artística, como Dominguinhos, Oswaldinho e toda uma
geração de sanfoneiros que está atuando por aí. Abriu, também, caminhos para
Jackson de Pandeiro e para os artistas nordestinos quem vêm para o Sul. Como
criador e estilista, não há ninguém que se compare, até agora, àquele que é
chamado até hoje de Rei do Baião”, comenta.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Atualmente é apontado pela crítica como um dos nomes mais
importantes do cenário musical de todos os tempos. Ao lado de grandes parceiros
de composição, como Zé Dantas e o Humberto Teixeira, Rei do Baião eternizou
canções como Asa Branca, Vozes da Seca, Assum Preto, Qui Nem Jiló e A Triste
Partida. Outras parcerias que tiveram êxito foram Tá Bom Demais (com Onildo de
Almeida), Danado de Bom (com João Silva), Dezessete e Setecentos e Cortando o
Pano (ambas com Miguel Lima), parcerias que levou ao mundo a riqueza dos ritmos
nordestinos.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>O consagrado Rei do Baião tocou em Paris em 85 e ganhou o
prêmio Shell de Música Popular em 87. Seu som atravessou varias gerações e foi
reconhecido e apreciado não só pelo povo, mas também pela mídia. Foi tocando
sanfona, instrumento tão pouco ilustre e com muita simplicidade e dignidade,
que o Velho Lua conseguiu chegar ao auge de sua fama. A música brasileira e a
cultura nordestina só têm a agradecer.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Em entrevista à imprensa, antes de finalizar seu último show
no Recife, o Rei do Baião proferiu estas palavras: “Quero ser lembrado como o
sanfoneiro que amou e cantou muito seu povo, o sertão; que cantou as aves, os
animais, os padres, os cangaceiros, os retirantes, os valentes, os covardes, o
amor. Este sanfoneiro viveu feliz por ver o seu nome reconhecido por outros
poetas. Quero ser lembrado como o sanfoneiro que cantou muito o seu povo, que
foi honesto, que criou filhos, que amou a vida, deixando um exemplo de
trabalho, de paz e amor. Gostaria que lembrassem que sou filho de Januário e
dona Santana. Gostaria que lembrassem muito de mim; que esse sanfoneiro amou
muito seu povo, o Sertão. Decantou as aves, os animais, os padres, os
cangaceiros, os retirantes. Decantou os valentes, os covardes e também o amor”.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Luiz Gonzaga morreu em Recife(PE) no dia 2 de agosto de
1989, deixando um vasto legado musical.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Veja mais em: http://www.reidobaiao.com.br/<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Fontes de pesquisa:<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>fabiomota1977.wordpress.com<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Imagens:<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>jarrimdefulo.blogspot.com.br<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>forroemvinil.com<o:p></o:p></i></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>blogln.ning.com<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Texto e imagens reproduzidos do blog: aracajuqualidadevida.blogspot.com.br</i></b></div>
ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4246195741328325403.post-32842535719504608102016-03-14T03:38:00.001-07:002016-03-14T03:41:36.367-07:00Forró das Antigas - O Melhor do Arrasta Pé - Músicas Juninas<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="https://www.youtube.com/embed/1uASqqdrdws" width="480"></iframe></div>
ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4246195741328325403.post-33063125940878411982015-03-09T06:15:00.002-07:002015-03-09T06:15:52.979-07:00Inezita Barroso (1925 - 2015).<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZllob_afsiipSbszX5ZA9_3D2MTXytF2gvWqq8ycQS7B57MT7KCkTUdsW2gmEK2DGNuS73ldB3S-8leu4BjEJAyZIXW8krDIEFLb9T39vfmMuvf0q43PZ85DNG1p_WZ4Kqpa4thISrow/s1600/inezita.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZllob_afsiipSbszX5ZA9_3D2MTXytF2gvWqq8ycQS7B57MT7KCkTUdsW2gmEK2DGNuS73ldB3S-8leu4BjEJAyZIXW8krDIEFLb9T39vfmMuvf0q43PZ85DNG1p_WZ4Kqpa4thISrow/s1600/inezita.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghyNiD28y_aLry0KkS-w5KIlAyWIMag_teWEvBj1vyWUVsf5rCDnwE7hJytI2fS4Obr3_GWxgqJD1NCvmLGaTBHCAdVeyUxtO-eOGoJKwnnfnsNluh4z-4R_u0bhNTEJ9ilDC-LvEla90/s1600/20150308233618925281o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghyNiD28y_aLry0KkS-w5KIlAyWIMag_teWEvBj1vyWUVsf5rCDnwE7hJytI2fS4Obr3_GWxgqJD1NCvmLGaTBHCAdVeyUxtO-eOGoJKwnnfnsNluh4z-4R_u0bhNTEJ9ilDC-LvEla90/s1600/20150308233618925281o.jpg" height="266" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><i>Morre em SP, aos 90 anos, a cantora Inezita Barroso<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><i>Ela apresentou o programa 'Viola, Minha <o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><i>Viola', na TV Cultura, por mais de 30 anos.</i></b></div>
ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4246195741328325403.post-47412883097362962872015-03-09T06:11:00.003-07:002015-03-09T06:12:12.254-07:00A vida e a carreira de Inezita Barroso<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjH0NE82lWEilIQuoUGFOqwA6C5uJCurqusePiU0lXr1LoFFE2ScbdE-mTW3mlvKuXZ1BYgLnQhJm-Y-pj-Z40n9CVKyy3xbhOwfK6tDvXei4ii3i3Vbpg_tvMmPFaDjBcqCn-rXAHvXwk/s1600/db550ee961c0194c3927cf58a51dff173c9b1ba2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjH0NE82lWEilIQuoUGFOqwA6C5uJCurqusePiU0lXr1LoFFE2ScbdE-mTW3mlvKuXZ1BYgLnQhJm-Y-pj-Z40n9CVKyy3xbhOwfK6tDvXei4ii3i3Vbpg_tvMmPFaDjBcqCn-rXAHvXwk/s1600/db550ee961c0194c3927cf58a51dff173c9b1ba2.jpg" height="243" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: center;">
<b><i>Inezita Barroso na década de 50.<o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<b><i>Foto: CEDOC TV Cultura.</i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>Publicado originalmente no site tvcultura, em 03/03/15.<o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>A vida e a carreira de Inezita Barroso.<o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>Redação cmais+ | edição Rita Albuquerque.<o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>Nascida no bairro da Barra Funda, em São Paulo, Inezita
Barroso, ou Inez Magdalena Aranha de Lima, começou a cantar e estudar violão
aos sete anos de idade. Aos 11, iniciou seu aprendizado de piano. Desde a
infância, tomou gosto pelo universo rural. Seu pai, que tinha um importante
cargo na Estrada de Ferro Sorocabana, incutiu na menina o gosto pelas viagens e
proporcionou o contato com Raul Torres, com quem Inezita aprendeu várias
melodias no violão.<o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>A carreira profissional começou no início da década de 50,
durante um recital no Teatro Santa Isabel, na capital pernambucana, o qual lhe
rendeu um compromisso com a Rádio Clube do Recife. A paixão pela música de raiz
fez com que a paulistana, por meio de seu trabalho, espalhasse esse rico pedaço
do folclore brasileiro pelos cantos do país. O tema, inclusive, fez parte de
cursos e palestras ministrados por ela ao longo dos mais de 60 anos de carreira
dedicados ao rádio, ao cinema, ao teatro e à televisão.<o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>Como atriz, atuou em sete filmes, recebendo o Prêmio Saci,
um dos mais cobiçados da época, por sua atuação em Mulher de Verdade. É uma das
cantoras mais premiadas do Brasil, sendo detentora de mais de 200 prêmios,
entre eles o Prêmio Sharp de Música na categoria Melhor Cantora Regional, o
Grande Prêmio do Júri do Prêmio Movimento de Música, em homenagem aos 47 anos
de carreira, e o Prêmio Roquette Pinto como Melhor Cantora de Rádio da Música
Popular Brasileira. Foram 80 discos com mais de 900 músicas gravadas.<o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>Inezita Barroso já se apresentou com violão e viola ao lado
de orquestras regidas por Hervé Cordovil, Guerra-Peixe, Gabriel Migliori, Ciro
Pereira, Radamés Gnattali, Rui Torneze, entre outros. Na televisão, sua
carreira é longa. Começou junto com a inauguração da TV Record de São Paulo,
sendo a primeira cantora contratada. Protagonizou programas ao vivo na TV Tupi,
também de São Paulo, e em outras emissoras do Brasil, como TV Rio, Tupi do Rio
de Janeiro, TV Itapuã da Bahia, TV Jornal do Comércio do Recife, TV Farroupilha
de Porto Alegre, além de participações em canais do Pará, Amazonas, Maranhão,
Minas Gerais etc.<o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>Na TV Cultura, Inezita apresenta o Viola, Minha Viola há 35
anos. No contexto audiovisual, o programa é a principal fonte de registro da
música caipira e sua evolução recente. Tornou-se um templo de resistência e de
audiência. As mais de 1.500 gravações são capazes de registrar a enormidade de
grupos folclóricos existentes no país: folias de reis, reisados, batuques,
catiras, cururus e repentes.<o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>Em 2013, a cantora paulistana inspirou a biografia Inezita
Barroso – A História de Uma Brasileira, escrita pelo jornalista Arley Pereira.
Um ano depois, falou sobre a sua vida ao também jornalista Carlos Eduardo
Oliveira, autor do livro Inezita Barroso – Rainha da Música Caipira.
Recentemente, aos 89 anos de idade, foi eleita pela Academia Paulista de
Letras.<o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>Já foi enredo de escolas de samba de São Paulo, como Oba-Oba
de Barueri, Cominados do Sapopemba, Pérola Negra, Iracema Meu Grande Amor e
Mocidade de Paulínia, além de desfilar como convidada da Gaviões da Fiel.<o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>Texto e imagem reproduzidos do site:
tvcultura.cmais.com.br/inezitabarroso<o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b><i>Assista ao documentário Inezita, a Voz e a Viola, produzido
pelos alunos de comunicação da ECA-USP com apoio da TV Cultura,<o:p></o:p></i></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/oLU-pM2uMis" width="420"></iframe></div>
</div>
ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4246195741328325403.post-79511205168567647262015-01-28T11:09:00.001-08:002015-01-28T11:15:36.813-08:00Os Guardiões da Cultura Popular<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEja8UowVkU01QsYh1Fxj8yCeJ7LqEMlGDZmi2DFvK0TC5tMuUbB06TAkDdJMsAM9F_j4BkvcQUtCIwa-yyfii6nb0-QW7XZodg31G7tTJ8k51BhwQDMZdATPN8vF_p5IYE3O9CY-CeAUAQ/s1600/2004+(20).JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEja8UowVkU01QsYh1Fxj8yCeJ7LqEMlGDZmi2DFvK0TC5tMuUbB06TAkDdJMsAM9F_j4BkvcQUtCIwa-yyfii6nb0-QW7XZodg31G7tTJ8k51BhwQDMZdATPN8vF_p5IYE3O9CY-CeAUAQ/s1600/2004+(20).JPG" height="320" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; padding: 0px; text-align: justify;">
<div style="margin: 0px; padding: 0px;">
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24px;"><b><i>Tião Paineiras de Tiradentes/MG.</i></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24px;"><b><i>Foto: Lidio Parente.</i></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24px;"><b><i><br /></i></b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="line-height: 24px;"><b><i>Os Guardiões da Cultura Popular.</i></b></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i>Por Benita Prieto.</i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">
<b><i>Falar em literatura oral no Brasil é falar de um país que
muitas pessoas supõem que não mais existe. O processo de desenvolvimento fez
com que várias manifestações culturais deixassem de ser entendidas como tal.
Vejamos o caso do Carnaval, possivelmente a maior festa popular do mundo, nela
os foliões entregam-se aos seus desejos genuínos e primitivos sem saber que
refazem, talvez atavicamente, o mesmo que fizeram todas as gerações passadas.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">
<b><i>Especificamente com relação à literatura oral, andamos nos
afastando também por acreditar que tudo são “causos”, lendas, superstições. Mas
se temos a oportunidade de sentar ao redor de uma fogueira, toda essa
ancestralidade nos penetra e logo passamos a contar as histórias ouvidas dos
nossos avós.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">
<b><i>A literatura oral está conotada com o passado de gerações e
famílias. Nosso país tem uma miscigenação enorme e que varia de acordo com a
região brasileira, pois somos a mistura de povos europeus, africanos, indígenas
e asiáticos. Esse caldeirão de culturas possibilita a existência de muitas
comunidades narrativas. Se tomarmos como exemplo uma favela do Rio de Janeiro
sabemos que ali podemos ter histórias de várias partes do Brasil, devido à
migração interna na busca de melhores condições de vida. Por isso, é
fundamental fomentar nos jovens o desejo de preservar as histórias que são
particulares da comunidade narrativa a que pertencem. Eles devem ser
estimulados para que tragam as histórias que conhecem e passem a contá-las em
todos os espaços possíveis. E aí podemos incluir a tv, o rádio, a internet, o
cinema. Os jovens são sem dúvida o nosso maior investimento para a continuidade
desse elo, neles devemos apostar. <o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">
<b><i>Mas é preciso ter técnica para fazer a recolha dos contos. É
importante não interferir na hora da narração, coletar o conto no local onde
normalmente é contato e não acreditar na memória ou na própria escrita,
gravando tudo para a futura transcrição. Existem muitos livros que mostram
textos recolhidos onde em primeiro lugar está o texto tal qual foi dito pelo
contador é a seguir vêm uma tradução ou versão feita pelo pesquisador. Essa é
uma boa maneira de registro. Claro que o contador popular pode sofrer
interferência da platéia, seguindo outros rumos na hora da narração, mas sempre
haverá uma estrutura mínima respeitada por ele. Essa estrutura, juntamente com
a dicção que foi preservada, será a nossa fonte de estudo e a nossa matriz.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">
<b><i>Pena que a escola, no nosso país, normalmente é muito
preconceituosa com todas as manifestações populares. Podemos incluir nesse
pensamento desde a escola elementar até a universidade. A literatura oral não é
valorizada ou então é minimizada a mais simples estrutura possível. Imaginem se
podemos dizer que o lobisomem possa representar, num país continental como o
Brasil, todos os personagens do folclore que são peludos e comem gente. É uma
redução apenas para dizer que o folclore está sendo ensinado na escola e ainda
num determinado mês do ano, o de agosto, que tem no dia 24 a sua comemoração..
Como se nos outros dias não usássemos os ensinamentos recebidos das gerações
que nos precederam. O problema é um total desconhecimento da importância do
tema.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">
<b><i>É bom lembrar que existe um diálogo entre a literatura oral
e a literatura escrita. Os grandes escritores do mundo bebem de suas fontes
naturais, constroem releituras, alargam visões. E no Brasil tivemos alguns
autores/pesquisadores que contribuíram de forma decisiva nesse diálogo. Temos
várias gerações criadas com a literatura mágica e essencialmente brasileira de
Monteiro Lobato, o criador do sítio do pica-pau amarelo. Temos também Mário de
Andrade e Luís da Câmara Cascudo, cada qual do seu jeito, valorizando os
saberes do povo para construir no nosso imaginário a força da narrativa. O
ideal é nunca fechar as portas do coração, nunca esquecer a aldeia de onde
viemos.<o:p></o:p></i></b><br />
<b><i><br /></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">
<b><i>Já que não dá para fazer uma divisão entre literatura oral e
literatura escrita os contadores de histórias urbanos podem aproximar esses
dois mundos, colocando a literatura escrita ao redor de uma fogueira mítica e
valorizando a literatura oral dando-lhe o status de saber.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">
<b><i>O escritor João Guimarães Rosa, questionado numa entrevista
ao contar sobre seu processo de criação, revela: “Os homens do sertão, somos
fabulistas por natureza. Está no sangue narrar histórias; já no berço recebemos
esse dom para toda a vida. Desde pequenos, estamos constantemente escutando as
narrativas multicoloridas dos velhos, os contos e as lendas, e também nos
criamos em um mundo que às vezes pode se assemelhar a uma lenda cruel. Deste
modo à gente se habitua, e narra estórias que correm por nossas veias e
penetram em nosso corpo, em nossa alma, porque o sertão é a alma de seus
homens. Assim, não é de estranhar que a gente comece desde muito jovem”.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">
<b><i>Tudo o que foi descrito anteriormente só vem reforçar a
importância do trabalho dos contadores de histórias para a preservação das
culturas populares e a aproximação da população à leitura.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">
<b><i>Mas como não há no Brasil uma formação específica na arte de
contar histórias o interessado tem que ser autodidata. Precisa ler muito, fazer muitas oficinas,
ver muitos contadores, descobrir o seu estilo de contar, o gênero de história
que lhe dá prazer. Evitar copiar o repertório que vê, buscar novas fontes,
trazer outros olhares. E principalmente usar os seus próprios recursos. Cada
contador tem suas sutilezas na hora de narrar. Por isso a mesma história pode
ser contada de várias maneiras e todas serão belas desde que haja a entrega de
quem conta.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">
<b><i>Somos contadores na essência, estamos durante toda a vida
construindo histórias. A narrativa faz parte do dia a dia. Um olhar para dentro
pode ser o estopim dessa arte em cada um de nós.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">
<b><i>Porém o mais importante é entender que a literatura oral é
para ser brincada, dividida, compartilhada. Sejamos, portanto, solidários na
vida e nos contos. De mãos dadas vamos atravessar o caminho onde nossas
histórias se cruzam, se completam e se constroem.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">
<b><i>Texto e foto reproduzidos do blog: </i></b><b style="font-size: 12pt;"><i>falandodeleitura.blogspot</i></b></div>
</div>
</div>
ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4246195741328325403.post-7361175559767262972014-12-11T04:20:00.000-08:002014-12-11T04:20:29.712-08:00As Melhores de Luiz Gonzaga<div style="text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_Ir_EITWi-8g-6dAVuLsOY2BLIQXmWEhG0NmCIkdyi1aJVEJy3df3z99Bh6N8ee2sqDNyKME1UEOi841W8h9GKX7OD0pEqN5szykgSdITVQIrFWcQYYsUsTMkvwywPwpwoqRkGoySU-s/s1600/download+(1).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_Ir_EITWi-8g-6dAVuLsOY2BLIQXmWEhG0NmCIkdyi1aJVEJy3df3z99Bh6N8ee2sqDNyKME1UEOi841W8h9GKX7OD0pEqN5szykgSdITVQIrFWcQYYsUsTMkvwywPwpwoqRkGoySU-s/s1600/download+(1).jpg" height="299" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/3mtAHqAH1LE" width="420"></iframe></div>
ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4246195741328325403.post-14907867978909201722014-12-11T04:06:00.001-08:002014-12-11T04:10:20.703-08:00Bem Brasil - Dominguinhos<div style="text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibfPitygzb70BtxKiPZ5wG8q7xzamfxObgZejBdfXK7MMi_7wNUmhrt8S6BDu3_eAjV8OH5xq33C_PPfbMUwbjROibW5nZ3MJU-cU-6QrzIVhKakXY6Iuelll0ePNsrCGhN3W9szF41qg/s1600/1016968_622162804469504_1240610095_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibfPitygzb70BtxKiPZ5wG8q7xzamfxObgZejBdfXK7MMi_7wNUmhrt8S6BDu3_eAjV8OH5xq33C_PPfbMUwbjROibW5nZ3MJU-cU-6QrzIVhKakXY6Iuelll0ePNsrCGhN3W9szF41qg/s1600/1016968_622162804469504_1240610095_n.jpg" height="291" width="400" /></a><br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="https://www.youtube.com/embed/U3KSmcFjgHI" width="459"></iframe></div>
ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4246195741328325403.post-72178491976680364042014-12-11T03:53:00.002-08:002015-03-25T08:03:29.677-07:00Ariano Suassuna - Raízes Populares da Cultura Brasileira <div style="text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJu2dIR35iTdwjFaCfrkxlnK680pJMSC-BP21Gi_MFqUfOTSeLh-80UpvSj6tO6wMPS5fAgDf4OeweGMD9wwcuStTsddYrzbxxRIuBf71ZqsIo95dm57TU4E1E5BZ9V9qwnQBluC1UfsI/s1600/hqdefault.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJu2dIR35iTdwjFaCfrkxlnK680pJMSC-BP21Gi_MFqUfOTSeLh-80UpvSj6tO6wMPS5fAgDf4OeweGMD9wwcuStTsddYrzbxxRIuBf71ZqsIo95dm57TU4E1E5BZ9V9qwnQBluC1UfsI/s1600/hqdefault.jpg" height="300" width="400" /></a><br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/M3MSqbE2r04" width="420"></iframe>
</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/DbH4sike51Q" width="420"></iframe></div>
ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4246195741328325403.post-53614502463855252782014-12-11T03:46:00.001-08:002014-12-11T03:46:51.496-08:00Em Foco com Ana Ribas: Cultura Popular Brasileira<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="https://www.youtube.com/embed/jRkSjuPORPw" width="459"></iframe></div>
ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4246195741328325403.post-28134894147656628872014-12-10T12:57:00.001-08:002014-12-10T12:58:59.255-08:00Almanaque Brasil: Segunda Temporada - Programa 15<div style="text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwTQpcM69uxA80OBJux-hfNfwXieOsm8P-LgrIlSjCkNdVGBr69Y9oWoIlduUoUIJ9GHbgbc1AqPfb1ItdBRI47RZ_evaEpyB40e8feA2QhGSJEI3tiI9qI7JWuoOwbKfXNZyJmV4aNGs/s1600/hqdefault+(2).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwTQpcM69uxA80OBJux-hfNfwXieOsm8P-LgrIlSjCkNdVGBr69Y9oWoIlduUoUIJ9GHbgbc1AqPfb1ItdBRI47RZ_evaEpyB40e8feA2QhGSJEI3tiI9qI7JWuoOwbKfXNZyJmV4aNGs/s1600/hqdefault+(2).jpg" height="300" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="https://www.youtube.com/embed/V1H8S-7e_gQ" width="459"></iframe></div>
ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0